As empresas da Região poderão, a partir de outubro, candidatar-se através de entidades formadoras certificadas, a apoios para ações de formação profissional para os seus funcionários. Estão destinados 2,5 milhões de euros para este fim.
Isso porque, no âmbito do reforço do Programa Madeira 14-20, através da Iniciativa REACT – EU, vertente Fundo Social Europeu, o Instituto para a Qualificação, IP-RAM (IQ, IP-RAM) na qualidade de Organismo Intermédio, vai divulgar um aviso de abertura de candidaturas, tendo como destinatários os ativos das empresas da Região.
Segundo a informação prestada ao nosso Jornal pela Secretaria Regional de Educação, Ciência e Tecnologia, as ações terão uma duração máxima de 300 horas, e pretendem ir ao encontro de necessidades de formação dos seus ativos, conforme o diagnóstico desenvolvido pelas próprias empresas.
“Esta abertura de candidaturas visa responder às necessidades das empresas da RAM, procurando aumentar as competências e níveis de qualificação dos seus trabalhadores, contribuindo assim para a manutenção do emprego qualificado e da produtividade das empresas”, explica a SRE.
Desta forma, “será possível potenciar a empregabilidade da população ativa empregada, pelo aumento das suas competências e da sua adaptabilidade às exigências do mercado de trabalho, sempre em evolução, nomeadamente ao nível das competências digitais e novas competências funcionais”. A tutela refere ainda que para este aviso de abertura de candidaturas não serão definidas áreas de formação, nem sectores específicos, esclarecendo ainda que “as empresas de formação devem, juntamente com as entidades empregadoras, começar desde já a efetuar um processo de diagnóstico das necessidades formativas, de modo que possam, aquando da abertura das candidaturas, já terem definido as áreas de formação e os cursos que pretendem candidatar”. Uma antecipação que irá facilitar o processo.
Ao JM, o secretário regional de Educação considerou que “do mesmo modo que a aposta na formação dos jovens deve permitir a aquisição de competências que venham a permitir a elevação do seu nível de empregabilidade, também é importante que esteja garantida a formação daqueles que se encontram a trabalhar".
Por isso, preconizou que “estas ações terão certamente impactos relevantes, desde logo nos trabalhadores que às mesmas acedam, por via da elevação das suas competências, mas também nas empresas onde os mesmos desempenham a sua atividade, num conjunto que contribuirá certamente para o fortalecimento da economia regional".
A concluir, Jorge Carvalho está confiante que haverá “uma resposta positiva das empresas, tanto no que respeita àquelas que intervêm ao nível da formação propriamente dita, como das que, em função do respetivo diagnóstico de necessidades de formação, encontrarão, por esta via, uma consolidação da sua atividade".
Por Paula Abreu