Os custos de construção de habitação nova aceleraram em janeiro, com o respetivo índice a registar um crescimento homólogo de 11,2%, mais 0,3 pontos percentuais do que no mês anterior (10,9%), divulgou hoje o INE.
Entre as componentes do Índice de Custos de Construção de Habitação Nova (ICCHN), o Instituto Nacional de Estatística (INE) aponta a desaceleração de 3,7 pontos percentuais do preço dos materiais, cujos custos subiram 10,4% em janeiro, em termos homólogos.
Entre os materiais que mais influenciaram esta variação estão o cimento, com um crescimento homólogo do preço de cerca de 30%, as madeiras e derivados de madeira, com variações superiores a 20%, e o betão pronto, com um crescimento perto dos 20%.
Já o custo da mão-de-obra aumentou 12,4% em janeiro, acelerando face à subida de 6,7% registada em dezembro de 2022.
Segundo nota o INE, "o significativo aumento do custo de mão-de-obra não pode ser dissociado do aumento do salário mínimo (7,8%) em janeiro de 2023".
No que se refere à taxa de variação mensal do ICCHN, foi de 1,4% em janeiro, com o custo dos materiais a manter-se e o custo da mão-de-obra a aumentar 3,5%.
Segundo o INE, as componentes materiais e mão-de-obra contribuíram com 0,0 pontos percentuais e 1,4 pontos percentuais, respetivamente, para a formação da taxa de variação mensal do ICCHN (-0,2 pontos percentuais e 0,1 pontos percentuais em dezembro de 2022, pela mesma ordem).
Lusa