No derradeiro dia no Curaçao, imediatamente antes de iniciar a deslocação para Caracas, Miguel Albuquerque fez sentir aos jornalistas a importância de reativar o consulado português no Curaçao, sendo essa uma das reivindicações retiradas do contato direto que manteve nestes dias com a comunidade madeirense ali radicada.
"Temos aqui, no Curaçao, um problema que é a questão do consulado. O antigo cônsul faleceu, era suposto passar a ser tudo tratado em Caracas - as questões burocráticas da comunidade de cá -, pelo consulado de Caracas, só que o que se constata é que é muito difícil de estabelecer essa ligação", verifica o presidente do Governo Regional da Madeira.
De resto, para atestar que a solução proposta não é muito exequível, Albuquerque reforçou que "nós próprios, para irmos para Caracas, temos de ir pela República Dominicana".
Posto isto, disse então que "essa é uma questão que vou abordar com o Governo português, no sentido de, por um lado se proceder à nomeação de um cônsul honorário e, depois, haver uma melhor articulação na resolução dos problemas burocráticos", lembrando que "conhecemos alguns cônsules honorários que têm capacidade, como em Durban, de proceder à emissão de alguns documentos e resolver problemas administrativos".
Feita essa intercedência, Miguel Albuquerque remata que "se for possível, é ótimo", partilhando que "temos aqui uma comunidade que se queixou com muita frequência dos problemas que tem de resolver, como passaportes, certidões… tudo aquilo que é normal na vida corrente".
"Não conseguem ir a Caracas e não havendo cônsul, tudo isso torna-se muito complicado", constatou a terminar.
Por Edmar Fernandes, no Curaçao