Está em Madrid a exposição ‘O que faz falta (fragmento) – 50 anos de Arquitetura Portuguesa em Democracia (1974–2023)’, onde está inserido, no meio de meia centena de obras, o projeto da Casa das Mudas, do arquiteto madeirense Paulo David.
Recorde-se que a mostra foi inaugurada em outubro de 2024 na Casa da Arquitetura – Centro Português de Arquitetura, em Matosinhos e agora rumou para Espanha, onde estará patente até dia 13 de outubro, na XXII Semana Internacional da Arquitetura de Madrid.
Conforme já tinha publicado o JM-Madeira, é no módulo da ‘Troika’ que é explorada a Casa das Mudas, o projeto da autoria do arquiteto Paulo David inaugurado em outubro de 2004 na Calheta, que anos mais tarde, em 2015, passou a denominar-se de MUDAS. Museu de Arte Contemporânea da Madeira.
Erguido na colina que domina a vila da Calheta, o complexo arquitetónico gerou polémica na época devido à ousadia do seu traço moderno, mas também recebeu elogios pela forma equilibrada como dialoga com a paisagem. Nos anos posteriores, a obra alcançou reconhecimento internacional, sendo distinguida com vários prémios.
De acordo com uma nota da Casa da Arquitectura nas redes sociais, esta exposição presente na Semana Internacional de Arquitetura de Madrid destaca “cinco obras representativas que refletem a arquitetura como direito e serviço público, em diálogo com o cinema, a literatura e as artes visuais”.
O evento é promovido pelo Colégio oficial de Arquitetos de Madrid, Fundação Arquitetura COAM e Câmara Municipal de Madrid, com a colaboração da Comunidade de Madrid e da Embaixadora de Portugal em Madrid e da Embaixada de Portugal em Madrid, “e visa aproximar a arquitetura dos cidadãos e valorizar o património arquitetónico”, lê-se ainda na mesma publicação.