MADEIRA Meteorologia

Artigo de Opinião

31/08/2022 08:00

Os pilotos de testes aos novos modelos, desde a fase de protótipo, sempre foram de extrema importância e reconhecimento na sua função para a marca do biscione visconteo.

Desde 1910 em que o exímio e destemido Nino Franchini e Giuseppe Campari assumem essas funções na A.L.F.A. e aos quais podemos considerar os pioneiros de uma longa linhagem dos apelidados internamente "Collaudatori Alfa" - com características herdadas ao longo das décadas, como numa espécie de transmissão genética do "biscione"! - que testavam todos os modelos Alfa Romeo e em especial os marcados com o mítico do logo do quadrifoglio, o símbolo de um "puro sangue" nas mais variadas condições meteorológicas, tipos de piso das estradas mais exigentes, com os declives mais pronunciados, aplicando técnicas de condução muito apuradas que permitiam a sua distinção dentro da sua classe, utilizadas nos "test driver ?s". Viajavam por vários pontos extremos do planeta, testando os Alfa Romeo nos desertos africanos ou americanos como também nas estradas geladas da velha Europa. Uns privilegiados.

E, por essa mesma razão foram uma categoria sempre admirada e o sonho de muitos colaboradores que iniciavam a sua função nas oficinas mas que almejavam um dia a possuir o dístico na lapela como um dos distintos collaudatori Alfa! Reconhecidos pela sua elevada competência no seu lavoro - mesmo entre os colegas de outras marcas automóveis - e, vistos como um exemplo nas suas funções. Muitas vezes participavam em competição representando a Alfa Romeo como pilotos, desde o início esta dupla função teve lugar. Nomes como Marinoni nas décadas de 20 e 30, Consalvo Sanesi o Capo Collaudo nas décadas de 40, 50 e Moroni, Bonini, Zanardi na década de 60 e Giuseppe Casiraghi e Giorgio Langella nas décadas de 70 e 80 entre tantos outros marcaram o DNA alfista.

Muitos nomes e situações poderia relatar com os famosos Collaudatori Alfa, ocorridas durante quase 106 anos de existência desta marca indelével da indústria automóvel. Um episódio curioso ocorrido com um alto director da FIAT chamado Dr. Umberto Agnelli durante uma visita à brasileira F.N.M - Fábrica Nacional de Motores, na época já sob total controlo dos capitais pela Alfa Romeo e que produzia modelos de automóveis com base nos seus modelos milaneses em especial os potentes e enormes camiões F.N.M. totalmente decalcados dos originais Alfa Romeo.

O Dr. Agnelli visitava as instalações após um acordo com a Alfa - ainda antes de fazer parte do grupo automóvel sedeado em Turim -, para permitir à FIAT produzir e comercializar os seus camiões no Brasil e dessa forma a penetrar no mercado americano. (cont.)

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