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Artigo de Opinião

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2/02/2022 08:00

O resultado destas eleições só nos pode deixar preocupados, primeiro, enquanto cidadãos portugueses, e, em segundo lugar, enquanto cidadãos deste território autónomo.

Vamos a notas:

Chega: O aumento do Chega é uma preocupação nacional e enquanto cidadão só posso estar preocupado, como é que alguém poderá votar num partido que defende a privatização de serviços públicos essenciais, tal como a saúde e a educação, que se opõem ao feminismo, defende quase uma apartheid em Portugal. Será que aqueles que votaram nesse partido entendem isso? Já alguém imaginou o que seria morrer à porta de um hospital, por não ter um tostão ou não ter um seguro que lhe permita ser atendido? Foi para isto que quase 400 000 pessoas votaram no passado domingo.

Nós, Portugal, que possuímos das mais baixas taxas de literacia na Europa, eles querem que a escola seja privatizada, isto será só um retrocesso na nossa civilização, passaremos a estar como no tempo do Estado Novo…

Reivindicações: Perante a maioria absoluta do PS, há que ter consciência que a Madeira, a nível total de população é uma freguesia de Sintra. É verdade que temos as nossas especificidades e particularidades, somos uma ilha e temos grandes desafios, nomeadamente em transportes, saúde e educação, mas para eles, socialistas, não passámos de 250 mil habitantes e que, como círculo eleitoral, vale 6 deputados. Logo, perante o mesmo temos que estabelecer pontes de diálogo com o Governo da República, se não serão anos idênticos aos de quando éramos governados pelos liberais do PSD. Temos que ter sentido de Estado, reivindicar, mas mostrar que estaremos disponíveis para cooperar nos diversos dossiês de interesse nacional e demonstrar que o CINM, o MAR, o turismo deverão ser fundamentais, não só para a Madeira, mas para o todo nacional.

Ir a Badajoz: Herman José tem uma frase muito particular que diz que para deixar de ser famoso, basta ir a Badajoz. Há socialistas na Madeira que acham que valem algum voto e esquecem-se que quem teve os votos foi o António Costa, para ver se alguém os conhece, basta passarem numa qualquer tasca no Funchal e verem que ninguém faz a menor ideia de quem se tratam.

2024: Esse é o ano das próximas eleições regionais e a verdade é que, enquanto madeirense, só nos pode preocupar, pois, perante estes resultados eleitorais, não será possível existir Governo maioritário sem o JPP ou o Chega. O CDS está em extinção, é um facto. Neste momento, sem qualquer tipo de representação parlamentar nacional, os seus ativos passarão para o PSD, IL ou Chega. Para a Madeira teremos 2 anos para o CDS ressurgir e demonstrar que ainda vive, ou então o PSD terá que formar uma coligação pós-eleições com outros partidos. Aquela que deverá preocupar todos os democratas é com o Chega.

Abstenção: Se repararem a percentagem de votantes aumentou em relação às últimas legislativas, no entanto, essa percentagem aumentou (aproximadamente) no mesmo número de eleitores do Chega. Não estará na altura de os partidos mudarem a sua comunicação? Se calhar, iriam atrair mais gente a votar.

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