José Luís Nunes não vai assumir a função de deputado da Assembleia Legislativa da Madeira, segundo revelou o próprio ao JM.
Nesta altura, portanto, e atendendo ao ruído em torno da presidência do Parlamento, que envolve o seu nome, antecipa e evita eventuais cenários de tensão e anuncia o seu afastamento do grupo parlamentar do PSD. "Olhe, posso dizer o seguinte: eu não quero, nem tão-pouco luto por qualquer cargo. Estou na política com o propósito de contribuir para ajudar as pessoas e a sociedade. Mas o meu foco continua a ser a pediatria e vou continuar a trabalhar. Por isso, não há briga absolutamente nenhuma. E vou pedir a suspensão do mandato".
Em resposta ao JM, refere que "nunca será um problema" para o PSD. E por isso, quando confrontado com a briga pela presidência do Parlamento em que estaria envolvido, salientou que "nunca" aceitou integrar a lista "por este ou aquele cargo". "Não há briga nenhuma. Não aceitaria nunca isso e quem me conhece sabe disso. Sempre disse que estava aqui [lista do PSD/CDS] para ajudar. E foi esse o meu compromisso. Ajudar em tudo o que podia. Tal como aconteceu quando o Pedro Calado me convenceu para apoiar a sua candidatura à presidência da Câmara Municipal do Funchal. Aliás, identifico-me com o trabalho que está a ser feito na Assembleia Municipal, que é constituída por pessoas muito válidas em representação dos munícipes, e quero por lá continuar".
Continua, no entanto, empenhado em ajudar os social-democratas desde que seja solicitado para tal. "A suspensão de deputado tem precisamente a ver com isso. Porque se for preciso, estarei disponível para ajudar no que entenderem ser necessário".
Em relação aos resultados eleitorais, sublinha o facto do PSD/CDS "ter conseguido ganhar em todos os concelhos". Mas admite que o objetivo não foi atingido. "Queríamos a maioria absoluta, foi para isso que tentei contribuir. Fi-lo como me pediram, sem grandes aparições públicas, mas nos contactos de proximidade. Trabalhei como tantos outros e apesar de não termos alcançado a fasquia dos 24 deputados, estou de consciência tranquila".
Edmar Fernandes