Os jovens estão dispostos a se aventurar no mundo do trabalho online, mas não sabem por onde começar.

Esta é uma das principais conclusões de uma pesquisa realizada por um grupo de organizações sem fins lucrativos em 2022. Com base nos resultados da pesquisa, o relatório Emprego Juvenil na Era Digital Pós-COVID foi publicado na semana passada. Baseia-se em 100 respostas de jovens de 18 a 30 anos, 100 pequenas e médias empresas e 5 agências de emprego. A pesquisa foi realizada simultaneamente na Dinamarca, Itália, Hungria, Portugal e Macedônia do Norte. Em Portugal, o inquérito foi realizado pela Associação My Madeira Island.

O objetivo deste relatório foi analisar e apresentar o que mudou para jovens e empresas durante a pandemia de Covid-19 na Europa em termos de emprego, especialmente remoto.

"Descobrimos que a maioria dos jovens gostaria de tentar trabalhar online, pois consideram a flexibilidade que vem com isso um grande benefício. No entanto, eles não sabem como encontrar esse emprego e, na maioria das vezes, não conseguem nomear nenhuma empresa que forneça empregos online. Eles sabem línguas estrangeiras, mas não gostam de ler por prazer. Eles afirmam que estudam online, mas não usam nenhuma plataforma educacional online que exige muito trabalho com matrícula e rotina", observou Anastasia Mazur, presidente da associação My Madeira Island.

As pequenas e médias empresas (PMEs) também estão interessadas no modo de trabalho remoto, pois acreditam que isso ajuda a reduzir os custos indiretos. Elas não podem, no entanto, entender todo o ecossistema disso, por exemplo, como os funcionários remotos podem progredir em suas carreiras. E, notadamente, muitos deles se abstêm de contratar pessoas com menos oportunidades.

A pesquisa e o relatório fazem parte de um projeto Gen Z Digital Workforce: Improving online Employability and Resilience of Youngs with less Oportunities, cofinanciado pelo Programa Erasmus+ da União Europeia.