O grupo parlamentar do JPP questionou hoje a Administração de Portos da Madeira (APRAM) acerca do paradeiro de um guindaste do século XIX que existia no Forte do Molhe, no Funchal.
A pergunta foi formulada numa missiva assinada pelo líder parlamentar do JPP, Élvio Sousa, em que é questionada uma intervenção recente no Forte do Ilhéu.
A Administração dos Portos da Madeira "considerou perfeitamente normal o banho artificial de um ‘creme branco’, a lembrar um "bolo de noiva" sobre a cantaria histórica de um monumento", mas, para o parlamentar, "é óbvio que qualquer pessoa, até menos habilitada na apreciação técnica, considera aqueles trabalhos com uma notória descaracterização de um monumento classificado, um ex-libris à entrada de uma cidade da Expansão Portuguesa".
Para o JJP, "a intervenção não se limitou à colocação de uma argamassa semiescura nas juntas do aparelho pétreo do Forte, mas também por um barramento quase total das cantarias, e uma plantação de camadas artificiais sobre as muralhas na base do imóvel".
"Cremos que até os técnicos credenciados nesta matéria de recuperação do património arquitetónico estão altamente desiludidos com o "abonecamento" do imóvel, um trabalho de duvidosa qualidade e amador, que contrasta, por exemplo, com a recente recuperação do pano de muralhas do Cais da Ponta do Sol", lê-se ainda na nota publicada no sítio oficial desta força política na internet.
Élvio Sousa deu ainda como exemplo aquela que considera ser uma "excelente recuperação do aparelho de pedra do classificado Aqueduto de Machico", recordando que foi "uma obra supervisionada pelo experiente arquiteto Victor Mestre".
Tendo o exposto, o JPP solicitou uma discussão técnica acerca da intervenção no Molhe do Ilhéu em "sede do órgão de fiscalização governativa", tendo pedido a presença da presidente da APRAM, Paula Cabeço, e do Secretário Regional do Turismo e Cultura, Eduardo Jesus.
Redação