MADEIRA Meteorologia

Largo da Fonte “oferece segurança” e terá memorial às vítimas de 2017

    JM-Madeira

    JM-Madeira

    Data de publicação
    14 Agosto 2021
    5:00

    Miguel Silva Gouveia diz que além das 16 árvores já cortadas, foram retirados galhos com três toneladas.Árvores

    Quinze plátanos (no Largo da Fonte) e um carvalho (na encosta do Largo da Fonte) já foram abatidos. Mas aquela área vai continuar interdita ao público até a próxima semana, pelo que, este fim de semana, véspera e dia de Nossa Senhora do Monte, não vai ser possível, ainda, passar pela zona que Miguel Silva Gouveia considera estar, agora, segurança. O presidente da Câmara Municipal do Funchal visitou, ontem, os trabalhos de abate e limpeza das árvores localizadas no Largo da Fonte, onde, a 15 de agosto de 2017, uma caiu e matou 13 pessoas e, no último dia 1 de agosto, um galho de grandes dimensões não fez vítimas por pouco.

    Depois de uma conversa com os responsáveis da Proteção Civil Municipal e dos Bombeiros Sapadores do Funchal, que procedem ao corte das árvores e transporte de todo o material para o Parque Ecológico do Funchal, o presidente da Câmara e candidato nas próximas eleições de 26 de setembro, garantiu já haver segurança e adiantou que está a ser trabalhado um projeto de requalificação da área, o qual engloba um memorial às vítimas de 15 de agosto de 2017.

    Ao fim de duas semanas de trabalhos que tinham como objetivo devolver a segurança, tomámos a decisão de diminuir, ao mínimo, a presença de pessoas e o risco.

    “Neste momento, já foram cortadas 16 árvores (...) De referir que há galhos retirados com um peso superior a três toneladas. Aquela perceção de insegurança que substitui nos últimos anos está dissipada”, segundo o presidente da Câmara Municipal do Funchal. Sobre os planos paisagísticos para o espaço, Miguel Silva Gouveia referiu que a Autarquia já trabalha numa requalificação, fazendo um levantamento topográfico da zona. Vai ouvir três empresas de arquitetura paisagística do espaço, que procure manter a identidade e não esquecendo a história. Assim, vai ser integrado um memorial às vítimas de 15 de agosto, uma justa memória aos que partiram naquele fatídico dia. Questionado sobre o que falhou para, ao fim de quatro anos, se verificar a queda de galhos que podia ter posto em causa a vida de humanos, Miguel Silva Gouveia disse apenas que decorre um inquérito. “Até ao acontecimento da semana passada, estávamos a trabalhar com relatórios técnicos, de especialistas. A partir do momento em que houve um sentimento de insegurança generalizado, tivemos que tomar outra posição”, adiantou. O autarca convidou a quem quiser discutir sobre se as árvores estavam ou não saudáveis, poderá ir ao Parque Ecológico do Funchal. “A decisão foi tomada na altura certa, com os dados que tínhamos em cima da mesa. Ela foi tomada no tempo certo”, sublinhou. Momentos antes do presidente da Câmara Municipal do Funchal chegar ao Largo da Fonte, o JM ouviu comerciantes a propósito deste fim de semana que, para além da parte religiosa, deveria de ser de muita festa. A maioria disse que nada do que está a ser feito vai mudar em relação ao aumento de visitantes. Primeiro, há a mancha da queda da árvore. Depois, os trabalhos ainda decorrem. Por fim, a pandemia veio matar o pouco consumo que existia. “Eles vão à Igreja e vão para casa. Não entram nos cafés. O que vai safando é os turistas. Esses perguntam o porquê de as árvores estarem a ser cortadas. E nós contamos o que aconteceu há quatro anos. Acho que esta medida veio tarde. Mas pronto. Ainda bem que o fizeram. Ia ser muita desgraça!”, preconizou um dos quatro comerciantes que ouvimos.

    Carla Ribeiro

    OPINIÃO EM DESTAQUE

    88.8 RJM Rádio Jornal da Madeira RÁDIO 88.8 RJM MADEIRA

    Ligue-se às Redes RJM 88.8FM

    Emissão Online

    Em direto

    Ouvir Agora
    INQUÉRITO / SONDAGEM

    Qual o seu grau de satisfação com a liberdade que o 25 de Abril trouxe para os madeirenses?

    Enviar Resultados
    RJM PODCASTS

    Mais Lidas

    Últimas