O presidente do Governo Regional disse hoje que o mundo está a mudar "muito rapidamente" e que as novas soluções tecnológicas que têm surgido podem retirar regiões como a Madeira da ultraperiferia e colocá-las tão competitivas como o centro da Alemanha.
Miguel Albuquerque falava na cerimónia de entrega de 75 certificados e diplomas atribuídos a três cursos de aprendizagem: informática e animação turística (14), massagem de estética e bem-estar (16) e mecatrónica automóvel (16). E ainda a três ações capacitar, designadamente canalizador (5), soldador (8) e barbeiro (16).
No Instituto para a Qualificação, localizado no Pico dos Barcelos, o presidente do Governo Regional destacou a importância da formação profissional para o desenvolvimento da sociedade, desconstruindo o "preconceito" de que é "preciso um canudo" para desempenhar bem uma atividade, e dando o exemplo dos países nórdicos onde a formação profissional vem ganhando força.
Disse ainda que no próximo ano lectivo haverá uma parceira entre empresas tecnológicas madeirenses e o Instituto para a Qualificação, de maneira a aproximar dos alunos os conhecimentos mais atualizados.
Miguel Albuquerque disse, por fim, haver na Madeira 27 empresas tecnológicas que geravam, antes da pandemia, 78 milhões de euros, o que, em sua opinião, mostra o potencial do setor.
A diretora do instituto, Sara Relvas, destacou, por seu turno, que a taxa de sucesso destes alunos é de 90%, e que apesar da maioria ingressar no mercado de trabalho após concluir a formação, há "20% que seguem para a universidade". De resto, uma ex-aluna o instituto que seguiu para a ensino académico disse, a dado momento, que não sentiu maiores dificuldades do que os alunos do ensino regular.
Ilídio Sardinha, diretor de Recursos Humanos do Grupo AFA, que acolhe muitos dos formados, relevou a "excelência" da preparação que os estudantes recebem. Os efeitos são que "100% dos formandos que entram" no grupo acabam sendo contratados.
Defendeu, aliás, que o governo deveria majorar os apoios concedidos ao instituto e que este devia apostar mais na divulgação do trabalho que desenvolve.
Alberto Pita