De acordo com as estimativas do Instituto Nacional de Estatística (INE) para o mercado de emprego, divulgadas esta manhã, a taxa de desemprego na Região Autónoma da Madeira é de 9,6% no 1.º trimestre de 2021, o que se traduz na maior descida, relativamente às restantes regiões do país.

A comparação com os trimestres anteriores deve ser efetuada com base nos valores recalculados, na sequência da adoção de novos conceitos definidos pela Organização Internacional do Trabalho e da publicação de um conjunto de regulamentos europeus sobre a sua operacionalização. Com estas alterações, as pessoas ocupadas em atividades de agricultura e pesca para autoconsumo deixam de ser classificadas como empregadas. Com esta nova orientação, o valor da taxa de desemprego relativa ao 4.º trimestre de 2020, sofre uma alteração.

Desta forma, e segundo os dados hoje publicados, a RAM decresce em 1,6 pontos percentuais (p.p.), face ao valor de 11,2%, recalculado para o 4.º trimestre de 2020, destacando-se como a região do país que apresenta o maior decréscimo. A nível nacional, o decréscimo face ao 4.º trimestre foi muito inferior, de apenas 0,2 p.p..

O setor do Alojamento, restauração e similares, que representa 6,1% do emprego a nível nacional (valor médio de 2020), mais do que duplica o seu peso na RAM (13%) e quase triplica no Algarve (16,9%), sendo que à Madeira acrescem ainda as limitações únicas de uma região ultraperiférica, nomeadamente nos transportes de passageiros, a condicionarem o mercado turístico interno.

Importa, ainda, salientar que o Algarve, contrariamente à RAM, registou um aumento no 1º trimestre de 2021. Também a região Norte e Centro agravam o seu indicador neste período.

A Região Autónoma dos Açores passa agora a contabilizar o crescimento mais acentuado do país (+1,3 p.p.).

O INE estima, assim, uma média de 12,3 mil desempregados na RAM no 1.º trimestre de 2021, o que representa cerca de menos 2500 do que no trimestre anterior, numa variação de -16,5%.

JM