Em declarações à imprensa, após uma reunião com o Secretário Regional de Educação Ciência e Tecnologia, Francisco Oliveira, coordenador do Sindicato de Professores da Madeira (SPM), revelou-se satisfeito com a posição da SRE em relação às matérias abordadas. Entre elas esteve a questão da vacinação dos docentes e não docentes, que, segundo apontou o responsável, acontecerá "muito em breve".

"O Sindicato de Professores da Madeira defende há muito a vacinação dos professores. Ficou a garantia de que o processo está a avançar e de que muito em breve chegarão as vacinas a todos os profissionais de educação, o que nos parece fazer todo o sentido porque o que queremos é uma escola a funcionar permanentemente em regime presencial", disse, apontando que "está mais do que provado que o regime do ensino à distância significa um retrocesso em relação ao regime presencial"

"Portanto, ficámos satisfeitos com a garantia de que muito em breve avançará este processo de vacinação que já está a ser preparado", acrescentou.

Já em relação ao processo de ensino à distância, Francisco Oliveira ressaltou as dificuldades que se têm verificado, como "alunos que se mantêm alheados das aulas porque desligam as câmaras".

"A posição da Secretaria aqui também é clara. Não faz sentido os alunos estarem em casa e não estarem debaixo do olhar do professor, porque sabemos que isso significa um alheamento que depois trará insucesso escolar", explicou, adiantando ainda que o SPM e a SRE partilham o entendimento de que o regresso às aulas é essencial.

"Está previsto para o início do terceiro período, o que nos parece fazer sentido. Estamos a cerca de quinze dias da pausa da Páscoa, portanto, temos tempo para preparar o regresso no início do terceiro período e nós aplaudimos isso", declarou, reiterando que, de facto, o ensino a partir de casa "significa uma perda para os alunos e um duplicar do esforço dos professores e de um cansaço que não é percetível a quem não conhece todo o processo".

Em cima da mesa estiveram ainda questões como a redução da componente letiva dos docentes da educação pré-escolar e do 1.º ciclo, a 2.ª alteração ao DLR 28/2016/M (concursos), nomeadamente a vinculação dos colegas com 3 anos completos de serviço e a abertura de um concurso extraordinário de vinculação e os horários dos docentes da educação especial.

No que concerne a estas matérias, Francisco Oliveira destacou que "há alguma abertura" da Secretaria para um concurso extraordinário, que vincule muitos dos profissionais "que têm dado o seu contributo, anos após anos, à Região, nomeadamente aqueles que já completaram três ou mais anos".

Edna Baptista