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Tradições do Vinho Madeira no Inventário Nacional do Património Cultural Imaterial

Carla Sousa

Jornalista

Data de publicação
27 Novembro 2024
20:20

A Universidade da Madeira já formalizou o pedido de inscrição das tradições do Vinho Madeira no inventário Nacional do Património Cultural Imaterial junto do Ministério da Cultura.

De acordo com uma nota enviada à redação, este é um dos requisitos exigidos para a elevação desta manifestação cultural para a Lista Representativa do Património Cultural Imaterial da Humanidade, objeto de uma candidatura apresentada publicamente pela UMa no dia 11 de setembro no Colégio do Jesuítas.

A candidatura tem muitos apoiantes dentro e fora da RAM, sendo já extensa a lista de entidades que colaboram nesta iniciativa, e, de acordo com a informação enviada, entre elas estão a Presidência do Governo Regional da Madeira, Secretaria Regional da Economia, Turismo e Cultura, Direção Regional das Comunidades e da Cooperação Externa, Direção Regional da Cultura, Instituto do Vinho, Bordado e Artesanato da Madeira, as autarquias da Calheta, Câmara de Lobos, Machico, Ponta do Sol, Porto Santo, Ribeira Brava e Santa Cruz, a Junta de Freguesia do Porto Santo, Mesa da Secção dos Vinhos da Associação Comercial e Industrial do Funchal, Confraria Enogastronómica da Madeira, Associação Atremar a Ilha, Câmara Venezolana Portuguesa de Comercio, Industria, Turismo y Afines (entre outras).

A nota dá ainda conta que o próximo passo será a discussão pública do plano de salvaguarda das tradições do Vinho Madeira, agendada para o dia 14 de dezembro no Centro Cívico do Estreito de Câmara de Lobos. E ressalva que o sucesso da candidatura depende em grande parte da adesão de todas as forças vivas da Região, devendo o painel de participantes ser interdisciplinar, intersectorial e aberto a todos os atores da fileira do Vinho Madeira, incluindo os próprios viticultores. O teor das entrevistas, levadas a cabo ao longo dos últimos meses, evidencia a baixa autoestima e o sentimento partilhado por muitos produtores, de uma falta de visibilidade, resultando numa fraca valorização social do seu trabalho. Foi o motivo que levou a marcar este encontro, no Centro Cívico do Estreito de Câmara de Lobos, na freguesia da Madeira que se autointitula a terra do vinho, em parceria com a autarquia local.

Segundo informam, este será um encontro híbrido, com recurso a ferramentas de videoconferência, facilitando assim a participação não só da comunidade porto-santense, mas também das comunidades da diáspora, dos importadores e dos consumidores de outras nacionalidades.

Os interessados podem contribuir para o sucesso dessa candidatura, a título individual ou em representação de uma organização.

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