A Associação Nacional Movimento TVDE (ANM-TVDE), através do seu vice-presidente nacional e presidente da Delegação Regional da Madeira, Valter Pereira, denuncia, em comunicado, uma situação que considera “grave” que está a afetar os operadores de TVDE na Região Autónoma da Madeira.
“Nas últimas semanas, os motoristas TVDE têm sido impedidos de realizar a deixa de passageiros junto à zona dos navios de cruzeiro, obrigando os clientes a serem deixados até 2 km de distância do destino selecionado e pago nas plataformas digitais”, refere, indicando que esta limitação, “além de não ter enquadramento legal, causa transtornos significativos aos passageiros, que têm apresentado reclamações diretamente nas plataformas devido ao incumprimento forçado do ponto de destino”.
A Associação indica ainda que, como consequência, as plataformas têm procedido à devolução integral dos valores cobrados, mesmo quando o serviço foi executado dentro das limitações impostas localmente, deixando assim vários motoristas e operadores gravemente prejudicados. “Estas perdas financeiras, associadas ao impacto negativo nas avaliações dos motoristas, comprometem a sustentabilidade de muitos profissionais que dependem exclusivamente desta atividade”, apontou.
A ANM-TVDE considera esta situação discriminatória e contrária ao princípio da livre concorrência, especialmente numa região com forte vocação turística como a Madeira.” Impedir o normal acesso de serviços legalmente regulados ao terminal de cruzeiros prejudica não só o trabalho dos profissionais, como também a qualidade da experiência turística, afetando a imagem da região”; denuncia.
A Associação reforça que o setor TVDE é legal, regulado e fiscalizado pelo IMT e pela ANSR, contribuindo de forma significativa para a mobilidade local, para o turismo e para a economia regional. “A imposição de limitações arbitrárias à deixa de passageiros configura uma violação dos direitos de escolha dos utilizadores e do direito ao exercício da atividade por parte dos profissionais”, sublinha.
A ANM-TVDE solicita às autoridades regionais e nacionais uma intervenção urgente, de forma a clarificar e corrigir esta situação, garantindo que todos os operadores — TVDE, e outros operadores do sector de transporte — possam trabalhar em condições equitativas, respeitando a legislação e os direitos dos passageiros.
A associação vinca que continuará a acompanhar o tema de perto, recolhendo evidências, apoiando os operadores afetados e ponderando a solicitação de intervenção das entidades reguladoras competentes caso este cenário se mantenha.