É com preocupação que Dinarte Fernandes, presidente da Câmara Municipal de Santana, reagiu à notícia do JM que dava conta da incúria dos turistas que visitam o miradouro do Guindaste, onde arriscam a vida para tirarem uma foto do cimo da encosta.
No entanto, e embora reconheça a maior afluência àquele local após a requalificação urbanística e os riscos corridos pelos visitantes que se aventuram até à beira do precipício, o autarca recorda que o terreno em causa não é propriedade pública, pelo que "nem a Câmara, nem nenhuma entidade governamental controlam até onde os turistas vão" apenas para fotografar a soberba paisagem.
"Estamos a falar de uma zona que é propriedade privada. Os turistas atravessam terrenos que têm dono, terrenos esses que vão até à crista da arriba. Não estamos a falar de nenhuma vereda, nem de nenhum percurso recomendado, nem de um domínio público", alertou.
Segundo o edil, à autarquia apenas compete a colocação de sinalética, a qual, reitera, está bem visível naquele ponto turístico, na parte que é propriedade pública.
"Temos que reconhecer que aquilo que não controlamos, não controlados. A Câmara não controla se um turista se vai aventurar a passar, por exemplo, para o ilhéu da Rocha do Navio. Não posso ter lá um polícia de plantão 24 horas por dia a controlar esse acesso que é perigoso", aditou.
Ainda assim, Dinarte Fernandes assegura que a Câmara que dirige irá tentar averiguar o que mais poder ser feito para evitar estas situações de risco, mas volta a reiterar o seguinte:
"A Câmara não pode entrar num terreno particular e simplesmente vedar esse terreno. Podemos eventualmente reforçar ainda mais a sinalética que existe ali, dando nota de que estão a entrar em terrenos privados, mas mais do que isto não conseguimos", rematou.
Redação