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Médio Oriente: Netanyahu insiste que os reféns vão ser resgatados por Israel

Data de publicação
13 Maio 2024
22:20

O primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, insistiu hoje, durante um discurso por ocasião do Dia da Independência de Israel, que as suas forças vão derrotar o Hamas e resgatar os reféns detidos na Faixa de Gaza.

Netanyahu recordou, num discurso em vídeo publicado no seu perfil na rede social X, que “há 76 anos” os israelitas estavam sozinhos.

“Poucos contra muitos. Cinco exércitos árabes invadiram o nosso território para eliminar o país que acabava de nascer”, apontou.

“Hoje estamos mais fortes do que nunca, mas a vontade de nos destruir não desapareceu, ainda está aqui. Vimos isso no passado dia 07 de outubro (...) Este não é um Dia da Independência qualquer, mas é uma oportunidade especial para compreender o significado da nossa independência”, acrescentou.

O primeiro-ministro israelita dedicou também algumas palavras às famílias dos reféns, que “estão a sofrer terrivelmente”, e reiterou que todos os raptados pelas milícias palestinianas na Faixa de Gaza regressarão a casa “sãos e salvos”, segundo o ‘The Times of Israel’, citado pela agência Europa Press.

Antes da cerimónia oficial, que este ano foi pré-gravada, quase mil pessoas reuniram-se hoje num anfiteatro em Binyamina, no norte de Israel, para exigir o resgate dos reféns.

As negociações indiretas entre Israel e o Hamas para alcançar uma trégua em Gaza associada à libertação de reféns parecem estar num impasse, depois das delegações dos países mediadores (Egito, Catar e Estados Unidos) terem deixado o Cairo na quinta-feira sem um acordo, após demoradas negociações.

Uma das grandes diferenças em relação aos outros anos é que o tradicional acendimento das tochas acontecerá nos ‘kibutzs’ próximos ao enclave palestiniano e que foram atacados em 07 de outubro pelas milícias palestinianas.

Telavive e Jerusalém não terão fogo-de-artifício, de acordo com as autoridades locais, e todos os eventos serão realizados em menor escala para respeitar a dor das famílias dos reféns.

Em 07 de outubro combatentes do Movimento de Resistência Islâmica (Hamas) – desde 2007 no poder na Faixa de Gaza e classificado como organização terrorista pelos Estados Unidos, a União Europeia e Israel – realizaram em território israelita um ataque de proporções sem precedentes, matando mais de 1.170 pessoas, na maioria civis.

Fizeram também mais de 250 reféns, 128 dos quais permanecem em cativeiro e 36 morreram entretanto, segundo o mais recente balanço do Exército israelita.

Em retaliação, Israel declarou uma guerra para “erradicar” o Hamas, que hoje entrou no 220.º dia, continuando a ameaçar alastrar a toda a região do Médio Oriente, e fez até agora na Faixa de Gaza 35.034 mortos, mais de 78.000 feridos e milhares de desaparecidos presumivelmente soterrados nos escombros, na maioria civis, de acordo com números atualizados das autoridades locais.

O conflito causou também quase dois milhões de deslocados, mergulhando o enclave palestiniano sobrepovoado e pobre numa grave crise humanitária, com mais de 1,1 milhões de pessoas numa “situação de fome catastrófica” que está a fazer vítimas - “o número mais elevado alguma vez registado” pela ONU em estudos sobre segurança alimentar no mundo.

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