Rocha da Silva, antigo diretor regional de Florestas, recuperou esta tarde, no Jardim Botânico, o caminho que levou à classificação da Laurissilva como Património Mundial Natural da UNESCO, sublinhando que o processo começou muito antes da decisão de 1999.
Explicou que foi feito um levantamento do património, em estreita colaboração com os serviços de Florestas, num percurso com “contornos próprios” que ganhou novo impulso em meados da década de 1990. Em 1994 decorria o processo de identificação do bem e, em 1995, as Canárias avançaram com a candidatura do respetivo parque natural, tendo também a Laurissilva como elemento central.
No plano atual, Rocha da Silva lembrou que a Madeira dispõe de cerca de 15 mil hectares de Laurissilva, mas assinalou que, em termos de floresta natural, “igualmente importante”, entre a floresta de altitude e a floresta do litoral, o território madeirense conta com quase o dobro dessa área.
Sublinhou que “toda a vegetação não caiu aqui por acaso”, mas a Laurissilva é aquela que “efetivamente tem uma maior exuberância”, alberga “uma quantidade enorme de espécies” e é, “sem sombra de dúvida”, a floresta que ao longo dos anos “também apoiou e serviu a população madeirense”.
Ainda assim, fez questão de alargar o olhar, afirmando que todo o património natural da Madeira é algo que evolui e do qual “nos devemos orgulhar”.