O Partido Reagir Incluir Reciclar (RIR) manifestou-se, esta terça-feira à noite, sobre o mais recente caso de violência doméstica na Região, ocorrido no Bairro dos Viveiros, no Funchal, e que envolveu um bebé de apenas dois meses.
Em comunicado, a coordenadora regional, Liana Reis, considera “inaceitável” que, apesar dos alertas e campanhas, continuem a surgir situações graves de violência que deixam “marcas profundas não apenas nas vítimas diretas, mas também em toda a sociedade”.
A dirigente sublinha que este caso já se encontrava sinalizado pela Segurança Social, o que levanta, segundo o partido, “questões sérias” sobre os mecanismos de proteção. “Como é possível que, mesmo com sinalização prévia, uma criança tão pequena tenha ficado exposta a violência extrema? Onde falharam os mecanismos de proteção? Que acompanhamento efetivo foi realizado?”, questiona.
O RIR critica ainda as declarações do subintendente da PSP, que afirmou que o caso estava sinalizado e que o agressor foi apenas identificado, sem detenção. Para o partido, esta postura “revela uma perigosa banalização destas ocorrências” e transmite uma “mensagem de impunidade e falta de urgência na proteção das vítimas mais frágeis”.
No documento, o RIR defende tolerância zero para todos os casos de violência doméstica, medidas preventivas com monitorização rigorosa dos processos sinalizados, atuação imediata das autoridades com prioridade à proteção da vítima e uma revisão urgente dos protocolos de cooperação entre forças policiais, tribunais e Segurança Social.
“O sistema continua a falhar. Não podemos permitir que a violência doméstica seja tratada como ‘mais um caso’. Cada vida conta, cada vítima merece proteção total e imediata”, reforça Liana Reis.