O PS apresentou uma proposta que visa alterar um aspeto do estatuto da carreira docente na Região, no sentido de estes serem apoiados financeiramente, com ajudas de custo, na aquisição de material que precisam para o exercício das suas funções, como equipamento informático e material científico-pedagógico.
Elisa Seixas disse os docentes "pagam para trabalhar". A proposta defende assim que seja consagrado no estatuto da carreira docente um abono de ajudas de custo para esses gastos em concreto.
Ricardo Lume, do PCP, concorda com a medida, como fez saber. Já Paulo Alves, do JPP, lembrou a digitalização em curso no ensino, que abrange os alunos, em termos de equipamentos, mas não os professores.
O deputado do JPP disse ainda que há escolas que não têm equipamentos tecnológicos em condições, em particular as escolas primárias, com computadores obsoletos que também prejudicam a atividade letiva.
Pelo PSD, Valter Correia começou por criticar a proposta do PS numa região em que os professores têm estabilidade, ao contrário do que acontece no continente, com greves constantes. O social-democrata disse que o PS procura "brechas" para apontar críticas ao governo regional, ao nível da carreira docente.
O parlamentar recordou as medidas na região, que têm beneficiado a classe, em termos salariais e de proteção do desgaste a que estão sujeitos, como a redução da carga horária letiva em função da idade.
A valorização da carreira docente, a estabilidade profissional e a criação de melhores condições de trabalho constituem objetivos do governo, disse ainda, sem esquecer a vinculação extraordinária que irá colocar nos quadros 175 professores no início do próximo ano letivo.
Assegurou que o governo vai continuar a investir nas condições de trabalho para a classe na Região.
Valter Correia concluiu, comentando que o PS deveria era apresentar uma proposta de recomendação ao governo da República para resolver os problemas da classe docente, como na Madeira.
Paula Abreu