O Partido Socialista apresentou na Assembleia Legislativa da Região Autónoma da Madeira, um voto de pesar pelo falecimento de Fátima Pitta Dionísio, nascida em 1950, na Madeira, professora, investigadora, poetisa, mulher da liberdade, que fez das palavras uma luta pela dignidade humana.
“Fátima Pitta Dionísio dedicou a sua vida à educação e à literatura, assumindo-se como uma voz firme e sensível em favor da verdade, da cultura e da humanização. A sua poesia tomou forma em obras como Edifiquei-te uma ilha (1989), Amor em Memória (1999), No amor das coisas gregas (2011) e Há de a Poesia Ficar (2017)”, lembra o PS na nota enviada à imprensa.
Para o presidente do PS Madeira, “a sua escrita foi sempre um exercício de liberdade e de autenticidade. Nela cabiam o amor e o espanto, a dor e a ternura, a ilha e o mundo.” Segundo Paulo Cafôfo, “Fátima Pitta Dionísio escrevia como quem resiste, com lucidez e com alma, dando às palavras a força de reconstruir o que a vida por vezes desfaz. Fez da poesia um lugar de encontro, de inquietação e de esperança, tocando gerações com a beleza e a coragem do seu olhar sobre o humano.”
Fátima Pitta Dionísio foi também cofundadora da Associação de Escritores da Madeira, contribuindo para a divulgação e preservação da literatura e cultura da Região, refletindo a sua firme crença de que a palavra, com liberdade e rigor, é agente de transformação.
Paulo Cafôfo considera que, “com o seu falecimento, o mundo da poesia, da cultura, do ensino e da cidadania madeirense fica mais pobre, mas as suas palavras, o seu legado e o exemplo que deixou continuam entre nós, inspirando-nos a manter viva a luz da liberdade, da reflexão e da dignidade humana.”
O Partido Socialista manifesta à família, aos amigos e a todos os que com ela cruzaram caminho, as suas mais sentidas condolências, reconhecendo-lhe o valor, o empenho e a entrega, prestando esta homenagem singela, mas justa, a uma vida vivida com alma para a poesia, para a liberdade, para os outros.