O Funchal recebeu esta manhã uma conferência que reuniu um grupo de investigadores no qual uma universidade portuguesa está representada, nomeadamente a Universidade do Minho, mas também mais oito universidades, de cinco países (Reino Unido, Finlândia, Polónia e ainda da Alemanha).

O objetivo foi dar a conhecer o resultado do projeto Erasmus+, dedicado à análise do panorama da avaliação da educação médica na Europa.

A Madeira foi o local escolhido para acolher este evento que, devido à pandemia, só pôde receber 20 pessoas presencialmente. As restantes acompanharam a reunião via-online.

Convidado a abrir a sessão, o secretário regional da Saúde disse que o evento tem como principal preocupação continuar a investigar a melhor forma de promover um ensino adequado, "seguro e cada vez mais participativo, com mais sucesso, para que os nossos estudantes de medicina e mesmo os médicos mais novos possam desempenhar bem a sua missão com segurança e com qualidade, quando estão a tratar os seus doentes".

Ao fim de 17 anos do recomeço da escola médica aqui na Madeira [a primeira surgiu em 1898], Pedro Ramos diz não ter dúvidas que esta é a melhor forma para promover e garantir a qualidade do ensino médico na nossa Região.

Um dos resultados deste estudo, segundo explicou o responsável pela sua coordenação em Portugal, José Miguel Pêgo, é que não há tantas diferenças no conhecimento nas competências adquiridas, mas sim algumas diferenças culturais e regionais importantes.

Na opinião do professor na Universidade do Minho, este mesmo estudo conseguiu reforçar as ligações entre as várias escolas médicas envolvidas.

O projeto liderado pela Universidade de Maastricht, na Holanda, e que durou 36 meses, fez que todos os participantes expandissem o seu conhecimento na área da avaliação específica na tecnologia computorizada.

Aliás, considerou, "a educação médica em Portugal não só está em conformidade com o resto da Europa, como está a ser claramente líder na implementação destas terminologias".

"Somos exemplo", afirmou, até porque, parte da tecnologia foi desenvolvida na Universidade do Minho.

O objetivo agora é ter continuidade em potenciais candidaturas a novo funcionamento e na construção de um consórcio estável do ponto de vista de futuro.

Lúcia M. Silva