O PCP realizou esta sexta-feira, junto ao Call-Center da Altice, uma ação de contactos com jovens trabalhadores, denunciando “a intenção do Governo PSD/CDS de, através do Pacote Laboral, alargar e normalizar a precariedade, uma medida que atinge especialmente quem está a começar a vida”.
Durante a iniciativa, o membro do Comité Central do PCP, Ricardo Lume, afirmou que “a precariedade laboral é a precariedade da vida, é a precariedade da família e um fator permanente de instabilidade e insegurança”.
Na sua intervenção, sublinhou que “um trabalhador com vínculo precário ganha, em média, menos do que alguém com vínculo efetivo, não progride na carreira, vive com medo de não ver o contrato renovado se exercer direitos parentais, sindicais ou políticos, e enfrenta enormes dificuldades até para aceder a crédito para adquirir habitação por ter um vínculo instável”.
Ricardo Lume lembrou ainda que “a precariedade já é uma realidade profunda na Região Autónoma da Madeira, atingindo de forma particular os jovens que trabalham na hotelaria e restauração, construção civil, telecomunicações e serviços. Os números são reveladores: 29,5% dos novos desempregados tinham vínculos precários e 35,41% dos desempregados da Região são jovens até aos 34 anos. Estes dados mostram como a precariedade penaliza sobretudo os jovens”.