“Enquanto deputados eleitos pelo PSD/Madeira à Assembleia da República, temos vindo a chamar a atenção do Governo da República para que, no âmbito da reprivatização da TAP, se tenha em linha de conta a enorme responsabilidade que existe, por parte desta companhia, em relação às Regiões Autónomas, nomeadamente a Madeira e o Porto Santo, bem como quanto às nossas Comunidades”, assegurou, esta manhã, o deputado Paulo Neves, numa iniciativa realizada no Aeroporto Internacional da Madeira - Cristiano Ronaldo.
Oportunidade onde fez questão de sublinhar que é essencial manter as ligações aéreas “o ano todo, não só entre a Madeira e Lisboa como, também, entre a Ilha do Porto Santo e o continente” e, igualmente, as ligações com as comunidades madeirenses, designadamente com a Venezuela e a África do Sul.
“Julgamos que as ligações à Madeira e ao Porto Santo e às nossas comunidades devem estar presentes e ser devidamente acauteladas nas negociações que o Governo da República está a desenvolver com os interessados na compra da TAP, e é nessa lógica que temos vindo a intervir”, sublinhou o deputado social-democrata, lembrando que “o povo português, incluindo o da Madeira e do Porto Santo, pagou três mil milhões de euros para a TAP, e que se a TAP existe e vai ser reprivatizada, é porque o povo português entrou com muito dinheiro, exigindo-se, nessa medida, que esta companhia assuma, agora, as suas responsabilidades, garantindo ligações aéreas diretas e permanentes”.
Paulo Neves que, nesta ocasião, reiterou que as ligações aéreas e a questão da mobilidade têm sido bandeiras fundamentais do seu partido, sendo também disso exemplo a recente aprovação, na Assembleia da República, de uma iniciativa do PSD e do CDS que incita o Governo da República a rapidamente ter a plataforma da mobilidade em funcionamento e nessa plataforma garantir também que, rapidamente, os madeirenses e porto-santenses só paguem o valor das tarifas, sem ter de adiantar dinheiro ao Estado. “É bom que se tenha a noção de que esta sempre foi a posição do PSD já vai para dez anos, porque, desde o início que defendemos que só temos a pagar as nossas tarifas, as de residente e as de estudante”, disse, assinalando que, no projeto de resolução apresentado e aprovado na Assembleia da República, precisamente nesse sentido, o JPP e o PS se abstiveram.