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Padre fala num “medo absurdo” e na possível saída da livraria Paulinas do centro da cidade

Data de publicação
13 Novembro 2024
15:43

O padre José Luís Rodrigues publicou esta semana, nas redes sociais, uma segunda carta aberta aos padres e leigos da Diocese do Funchal, em que começa por falar do “medo que assiste de alto a baixo os padres e alguns leigos diante da ‘casta dos privilegiados’”.

“Há deveras um tempo intrigante. Um medo absurdo que faz calar uma larga a maioria das pessoas. Não querem incómodos, sentem-se dependentes e temem castigos severos de quem manda”, diz recuando na história da Madeira ao tempo da subserviência, que diz marcar ainda o clero regional.

A meio do longo texto, o pároco de São José (que até ao verão passado esteve também à frente de São Roque), assinala e desenvolve, no segundo ponto, “a forte possibilidade de ser desalojada a livraria Paulinas, sita à Rua Fernão de Ornelas”.

“Por estes dias surgiu na cidade do Funchal a conversa alarmante de que a Livraria Paulinas iria sair do espaço pertença da Diocese do Funchal, porque esta entidade dona do espaço (loja) tinha recebido uma oferta choruda de possível arrendamento. Não digo o valor porque não tenho garantias que seja verdade. A ser verdade estamos perante uma desvalorização completa da importância que representa a presença da Livraria Paulinas neste espaço nobre da nossa cidade”, revela na missiva publicada no perfil do Facebook, onde se identifica como Rodrigues Rodrigues.

Lembra que a livraria abriu no início dos anos 70, a pedido do bispo da altura, e defende que este espaço tem sido desde então “um canto fundamental de evangelização”.

“Quem quer fazer deperecer ou defenestrar a Livraria Paulinas na cidade do Funchal move-se por apetites lucrativos vorazes como está a ser típico desta bolha capitalista que nos assiste sem garantias nenhumas de futuro. É conjuntural e pode não tardar muito que o que tem valor hoje amanhã não sirva para nada”, alerta na conclusão da carta.

Diz que à Diocese do Funchal “não se espera que entre por este caminho” e defende que esta “deve manter-se equidistante dele e qualquer eventualidade menos correta deve ter autoridade para denunciar e apontar para qual deve ser o caminho”.

“A confirmar-se a veracidade do que corre na cidade, estamos perante um golpe usurário que vai impiedosamente lesar a memória histórica desta loja no centro da rua mais frequentada da cidade do Funchal, a Rua Fernão Ornelas. E se for verdade, a resposta que foi dada, brada aos céus, ao inferno e todas as potestades”, conclui assim a carta.

No introito, diz que foram poucos os padres que se manifestaram diante da primeira carta que lhes enviou e que “por aqui se mede o pulso da coisa”.

“Veremos esta como será lida, acolhida e ou cuspida”, diz.

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