Decorreu, esta tarde, a cerimónia de tomada de posse dos novos órgãos autárquicos de São Vicente.
O vereador eleito pela coligação PSD/CDS, António Gonçalves, reagiu à entrada em funções do novo executivo liderado por José Carlos Gonçalves (Chega), garantindo que a oposição exercerá um papel “ativo e proativo” de fiscalização durante os próximos quatro anos.
“O meu papel e o da vereadora Rosa Catanho será fiscalizar o trabalho desta vereação. O Chega tem toda a legitimidade, conquistou a maioria na Câmara e na Assembleia Municipal, mas cabe-nos exigir que cumpra o seu manifesto na íntegra”, afirmou António Gonçalves ao JM, sublinhando que algumas das propostas apresentadas pelo partido “não têm cabimento orçamental”.
Entre os exemplos referidos, destacou a medida de pagar 50% dos custos com fitofarmacêuticos aos viticultores, que, segundo o vereador social-democrata, “equivaleria a uma despesa corrente de cerca de 900 mil euros para a Câmara Municipal, algo impossível de concretizar”. Criticou o que considera ser um discurso vazio e populista por parte do novo presidente. “Achei um discurso sem diretrizes estratégicas de desenvolvimento para o concelho”.
António Gonçalves recordou que “todas as câmaras e instituições públicas são auditadas, têm pareceres do Revisor Oficial de Contas e do Tribunal de Contas”, rejeitando, por isso, qualquer tentativa de vitimização política. “O Chega tem agora todas as condições para governar. Tem de sair do discurso populista e começar a materializar trabalho e resultados em prol da comunidade são-vicentina”, considerou.