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“O JPP será governo, mais cedo ou mais tarde” e, entretanto, vai fiscalizar ainda mais Albuquerque

Paula Abreu

Jornalista

Data de publicação
23 Março 2025
22:46

Foi depois de entoar o Hino da Região, juntamente com os deputados eleitos e militantes no hotel onde se concentrou o partido nesta noite eleitoral – isto num compasse de espera para ser chamado para os diretos televisivos e radiofónicos - que Élvio Sousa afirmou que “reconhecidamente o JPP passou a ser a segunda força política na Região”. Um feito em dez anos de fundação na Madeira. Das várias análises que fez, o posicionamento em todos os concelhos da Madeira, dos quais seis em segundo lugar, o secretário-geral do JPP considerou ser um bom ponto de partida. Citou o Papa Francisco: “Deus não põe a esperança nos grandes e poderosos, mas nos pequenos e esperançoso”.

Sublinhando que o JPP é um partido de futuro, com 30 mil votos e eleição de 11 deputados, Élvio Sousa vincou que “somos um partido vencedor esta noite. Vamos mostrar que não existe só PSD e PS”. E, com a conquista hoje alcançada, o partido não baixará a guarda na fiscalização da governação do PSD. “Não vamos ficar sem vigias, vamos levantar torres de vigilância em todos os concelhos para vigiar o governo”, avisou, dirigindo uma mensagem direta para Miguel Albuquerque: “Não vai fazer o que tem feito até agora. Não vamos deixar”.

Élvio Sousa afirmou ainda que o JPP não é um partido de protesto, “mas de futuro e de progresso” e, se estiver no lado da oposição, não vamos deixar promessas por cumprir”.Ora, a possibilidade de coligação com os restantes partidos não está posta de parte por Élvio Sousa, que adiantou que amanhã a comissão política irá reunir-se para analisar os resultados e a população será auscultada, até sexta-feira, sobre essa possibilidade.“O parlamento está reduzido a cinco partidos, pelo que o cenário (de coligação) não está fechado, afirmou, esperando que “o representante da República não ponha o pé no acelerador”.

Nas suas palavras à comunicação social, Élvio Sousa também considerou que as sondagens “são outras derrotadas da noite”, alertando que os seus resultados não podem ser tidos como resultados eleitorais. Instado sobre a possibilidade de o PSD, que obteve 23 mandatos, chegar a acordo com o CDS, o secretário-geral comentou que a população pode querer outro tipo de coligação, com uma geringonça, esclarecendo que o JPP “não se encaixa à esquerda e que “dizer que o JPP é um partido de protesto e de esquerda é errado e de desespero”. É um partido autonomista, vincou e “um partido de governo. Mais cedo ou mais tarde, o JPP será governo”, assegurou. “Eu sempre disse que o JPP ainda vai governar a Madeira”.

O responsável pelo JPP apontou, como disse, da campanha eleitoral, um provérbio que lhe foi ensinado por uma senhora de 90 anos: “Não há mestre como o que corre devagarinho da bofetadas sem mão e mete todos a caminho”.

Assim, e formando-se uma coligação com os restantes partidos que conseguiram assentos parlamentares, Élvio Sousa vincou que “esse não é um cenário apocalíptico”. As coligações com diferentes forças podem ser positivas para melhor a vida das pessoas, aditou ainda.Já questionado sobre os próximos atos eleitorais, Élvio Sousa não coloca de parte listas às nacionais- “está na altura das caravelas voltarem para trás, 600 anos depois” - mas o foco são as autárquicas, em que o JPP irá “meter o pé no acelerador” para ter candidatos em todos os concelhos.

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