MADEIRA Meteorologia

Nascimento defende psicólogos e assistentes sociais a tempo inteiro nas CPCJs

Data de publicação
10 Maio 2025
14:16

O presidente da Câmara Municipal da Ribeira Brava defendeu hoje a necessidade de haver psicólogos e assistentes sociais a tempo inteiro nas Comissões de Proteção de Crianças e Jovens para uma melhor implementação de planos de intervenção adequados e um acompanhamento contínuo e especializado dos processos.

“A realidade atual, onde muitas vezes estes profissionais dedicam apenas algumas horas pro bono, é insustentável e impede um trabalho digno e eficaz. Não podemos esperar resultados significativos quando os recursos são tão limitados, pois o bem-estar das nossas crianças não pode ser um trabalho a tempo parcial ou um favor”, afirmou Ricardo Nascimento no arranque do I Seminário da CPCJ da Ribeira Brava realizado esta manhã na Escola Padre Manuel Álvares.

Ciente de que o trabalho da CPCJ deve ser feito com o importante contributo das famílias, pois é no seio familiar que se estabelecem os primeiros laços de afeto, que se ensina os valores essenciais e onde as crianças devem encontrar segurança e proteção, o autarca vai mais longe e diz que ser necessário “as escolas e as CPCJs apostarem na formação para pais, desde tenra idade”, começando pelas famílias mais suscetíveis a problemas desta natureza.

Outra ferramenta vital é a educação de qualidade que “capacita os jovens, desenvolve o seu pensamento crítico, promove a sua autonomia e oferece as bases para a construção de um futuro melhor”, assim como a escola que deve funcionar como um “espaço de deteção de problemas e de encaminhamento para as estruturas de apoio adequadas”.

Por isso, deve haver uma colaboração estreita e eficaz entre todas as partes envolvidas. “Família, escola, instituições de saúde, autarquias, forças de segurança e a própria comunidade que tem um papel a desempenhar, pois só através de um trabalho conjunto e de uma partilha de responsabilidades poderemos proteger as nossas crianças e jovens”, referiu o autarca.

Dotar as CPCJ com os recursos humanos e financeiros necessários é, para Nascimento, uma “necessidade urgente” para garantir que cada criança e jovem tenha a oportunidade de crescer num ambiente seguro e saudável, já que a CPCJ é a primeira linha de intervenção quando os direitos das crianças são ameaçados ou violados.

“Apelo à sensibilidade e ao compromisso de todos para que possamos trabalhar em conjunto, com os meios adequados, para construir um futuro onde os direitos de todas as crianças e jovens sejam verdadeiramente protegidos”, frisou o presidente da Câmara Municipal.

O Seminário contou ainda com as intervenções de Paulo Guerra, Juiz Desembargador do Tribunal da Relação de Coimbra; João Pedro Gaspar, presidente da direção da PAJE – Plataforma de apoio a Jovens (Ex)acolhidos e Luísa Santos, presidente do Instituto Português de Mediação familiar do Funchal.

OPINIÃO EM DESTAQUE
Coordenadora do Centro de Estudos de Bioética – Pólo Madeira
18/12/2025 08:00

Há uma dor estranha, quase impossível de explicar, que nasce quando alguém que amamos continua aqui... mas, aos poucos, deixa de estar. Não há funerais,...

Ver todos os artigos

88.8 RJM Rádio Jornal da Madeira RÁDIO 88.8 RJM MADEIRA

Ligue-se às Redes RJM 88.8FM

Emissão Online

Em direto

Ouvir Agora
INQUÉRITO / SONDAGEM

Qual o valor que gastou ou tenciona gastar em prendas este Natal?

Enviar Resultados
RJM PODCASTS

Mais Lidas

Últimas