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Miguel Sousa Tavares rendido à Região: "A Madeira está cada vez melhor"

JM-Madeira

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Data de publicação
31 Março 2023
9:20

Depois de ter estado na Madeira no passado fim de semana, a propósito da apresentação do seu mais recente romance, na Feira do Livro do Funchal, Miguel Sousa Tavares começou a sua crónica de hoje, no Expresso, com um elogio à Região.

Um forte crítico do antigo presidente do Governo Regional, o cronista recordou a promessa que ele mesmo tinha feito de não visitar a Região enquanto esta fosse governada por Alberto João Jardim.

"Desde antes da pandemia que não ia lá e, antes disso, passei quase uma vida inteira sem lá ir, cumprindo a promessa feita de não pôr lá os pés enquanto a Madeira fosse governada por um aprendiz de ditador que se divertia a insultar os ‘cubanos’ do continente, a ameaçar com o separatismo e a desdenhar o esforço dos contribuintes para resgatar da miséria aquele pedaço de jardim atlântico. Posso achar muita graça a muitas graças dos políticos, mas não acho graça nenhuma aos que brincam com os meus impostos", começa por referir.

No entanto, desde a saída de Jardim da Quinta Vigia, o jornalista e autor considera que "a Madeira está cada vez melhor".

"Em cada nova visita à Madeira constato que, afinal, ele — que certamente será uma excelente e engraçadíssima pessoa — não era nem indispensável nem insubstituível para o progresso da região. Porque a Madeira está cada vez melhor: mais arrumada, mais organizada, mais limpa, mais bonita, mais sedutora", aponta.

Miguel Sousa Tavares estende os elogios ao Funchal, que diz ser "quase uma cidade modelo", vincando a recuperação da zona velha e considerando que há lições a reter para o turismo do continente.

"O Funchal está quase uma cidade modelo, agora que a parte velha foi recuperada e tem dezenas ou centenas de bares e restaurantes, nenhum com cadeiras ou guarda-sóis de plástico patrocinados por refrigerantes, mas todos decorados com brio e imaginação e onde a simpatia para com os turistas, portugueses incluídos, não se confunde com servilismo — ambas as coisas uma lição para o turismo do continente. Tudo está incrivelmente cuidado — ruas, praças, casas, jardins, canteiros, iluminação pública, indicações de trânsito — naquilo que só pode ser uma vontade coletiva e assumida de tornar a vida de locais e forasteiros mais agradável, sem cair num exibicionismo ostensivo e saloio", realça.

"Num mundo que nos parece em acelerada decomposição e onde o turismo é quase sempre sinónimo de depravação, a Madeira surge como um oásis no meio do mar, dir-se-ia surreal de tão perfeito e tão frágil. Mas frágil, como todos os oásis. E esse é o seu desafio para o futuro: não quebrar essa fragilidade por excesso de ambição", termina Miguel Sousa Tavares.

Marco Milho

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