A presidente do Juntos Pelo Povo explicou à rádio JM FM as razões que motivaram a indicação de Paulo Alves às autárquicas em Santa Cruz. “Aquilo que emanou do órgão, da Comissão Política Nacional, que foi sufragada em Congresso Nacional, teve a confiança de mais de 95% dos militantes para tomar decisões, é que Paulo Alves será o candidato que irá encabeçar o projeto JPP em Santa Cruz. E nesse sentido, como o que importa aqui efetivamente é o projeto JPP, não Paulo Alves, nem Élia Ascensão, nem Milton Teixeira, isso será aquilo que vamos defender e que vamos lutar para a continuidade do projeto”.
Não considerou, de resto, contraproducente a escolha ter contrariado o resultado da sondagem. “O que decidimos no início de todo o processo é que teria dois momentos, teve uma votação interna do partido que indicou Paulo Alves e tivemos a leitura e a auscultação por parte de várias pessoas do concelho. E nessa auscultação mais alargada de pessoas que podem não ser militantes e que nós não sabemos quem são – atenção que há também aqui este fator –, há a indicação efetiva de ser Élia Ascensão, mas o resultado final nunca é um nem outro, é a Comissão Política Nacional, após a análise destes dois fatores, que toma a decisão e foi esta.”
Sobre a possibilidade de o partido ficar dividido após esta escolha, Lina Pereira desvaloriza. “O trabalho que temos vindo a fazer é um trabalho em prol do coletivo, do projeto. Não há aqui questões de individualidades, todos somos importantes, é preciso trabalharmos em prol da unidade e cada um tem as suas valências e as suas competências, sabemos que é sensível, sabemos que tomar decisões não é fácil e independentemente de quem fosse haveria sempre vozes a favor e vozes contra.”
Assegura que o “propósito do JPP é trabalhar em prol do projeto, portanto quem estiver para bem do projeto irá dar continuidade a esta decisão. Se houver discordância e não houver aceitação da diferença da pluralidade e da democracia, porque isto é um ato democrático, aí poderão levantar-se várias frações, várias opiniões, mas isto é como tudo, é preciso gerir e dar continuidade ao projeto”.
No mais, disse desconhecer movimentações que indiquem que Élia pode encabeçar um projeto alternativo. “Essa é uma decisão que a acontecer caberá única e exclusivamente à pessoa de Élia Ascensão responder. Em relação a mim, Lina Pereira, presidente do JPP, nada tenho a dizer relativamente a isso, até porque desconheço completamente”.