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Liceu passa a ter Associação de Estudantes 20 anos depois

Paula Abreu

Jornalista

Data de publicação
06 Junho 2025
12:30

Depois de 20 anos sem associação de estudantes, a Escola Secundária Jaime Moniz “viveu hoje um momento histórico, recheado de memórias e emoções, com a eleição do organismo estudantil. O presidente, Miguel Barata, e a sua equipa tomaram posse e deixaram a mensagem de compromisso coletivo, pois pretendem dar voz a todos os estudantes, com destaque para a auscultação ativa das necessidades dos alunos e para uma intervenção democrática e plural ao longo do mandato.

Segundo relata o Liceu, a cerimónia de posse teve lugar esta manhã, na sala de conferências da ESJM, com a presença da direção da instituição, do diretor regional da Juventude, da representante da Câmara Municipal do Funchal e de alguns presidentes da AE de outras escolas.

“Uma nota curiosa nesta tomada de posse foi a presença de dois elementos da primeira AE da ESJM, eleita no conturbado período de 1974, com Ricardo Rodrigues (então presidente) e Maria João Correia a partilharem memórias dessa experiência associativa, com palavras de estímulo ao associativismo dos nossos dias. Nessa altura, foi eleita a primeira AE do país, havia pouco conhecimento, muita convulsão política, mas a vontade de fazer a diferença, intervir na escola e na sociedade. O relato de experiências na primeira pessoa que tocou os presentes e que serve de lição também para o presente”.

Miguel Barata preside aos destinos da AE. A lista que compõe a direção é formada por jovens entre os 16 e 17 anos de idade. O presidente, Miguel Barata, tem 17 anos de idade, faz parte da turma 40 do 11.º ano de escolaridade, curso de Humanidades, e pretende seguir o curso de Direito. Também a vice-presidente, Mariana da Fonte, com 16 anos, da mesma turma, sonha com o mesmo curso para enveredar pela magistratura. Além do presidente e vice-presidente, a direção é constituída por Matilde Alcântara, tesoureira, Daniela Gouveia, secretária, Paulo Santo, vogal, e Diana Luís, suplente. Ana Matilde Abreu é a presidente da Assembleia Geral com Ana Margarida Jardim, como vice-presidente, e Maria Miguel Azevedo, como secretária.

Segundo a nota, “são jovens, sonhadores e com sangue na guelra. Conforme enfatizaram o presidente e vice-presidente, a escola tem no centro os alunos e é preciso trabalhar para eles, escutando as suas aspirações, dinamizando projetos do seu interesse, como uma bolsa de alunos a dar explicações a outros alunos, combatendo o bullying, registando as sugestões através da caixa de ideias, física e digital, e promovendo eventos diversos que vão ao encontro das necessidades dos jovens. “Orgulho e responsabilidade” foram os sentimentos expressos por Miguel Barata na tomada de posse. Já na campanha, revelou que procurou mais conhecer do que convencer os colegas.

  • Liceu passa a ter Associação de Estudantes 20 anos depois

Quer fazer dos colegas agentes de mudança, prescindindo da gestão centrada no “eu” para dar lugar ao “nós”. É preciso investir na literacia mediática e política, desenhar uma escola solidária, sem deixar ninguém caminhar sozinho. Miguel Barata coloca a tónica no trabalho de equipa, defendendo que quer construir pontes, trabalhar em equipa para dar as respostas aos desafios. Também Mariana da Fonte, vice-presidente, defendeu que foi constituída mais do que uma AE, está empossada “uma família”, com os professores como construtores do amanhã e os alunos como monumentos do futuro.

O conselho executivo e todos os órgãos do “Liceu” manifestaram apoio aos estudantes. A presidente, Ana Isabel Freitas, louvou o mérito da nova AE e defendeu que “a escola é um caminho onde se aprende a construir a Democracia”. Num mundo, em que tantos falam em colapso, reiterou, “precisamos de jovens cultos, artistas, a exercer a cidadania participativa e responsável”. Por isso, salientou, “juntos, com colaboração e empenho, vamos construir uma escola de sucesso”, agradecendo ainda a colaboração do docente Nuno Nóbrega na colaboração prestada aos estudantes. O próximo desafio será o de criar uma Associação de Pais, tarefa que se tem afigurado difícil, apesar dos esforços da escola.

Também o diretor regional da Juventude marcou presença na cerimónia. André Alves teceu elogios a Miguel Barata, jovem que o conhece há anos, aplaudiu igualmente o renascimento da AE, e congratulou-se com as palavras do novo presidente ao enfatizar a sua missão de compromisso com a ação e mudança, bem como a tónica na gestão do coletivo e não individual.

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Após o ato de posse, teve lugar um momento de confraternização com a realização de um lanche, com o próprio presidente a convidar ainda os demais presidentes das outras escolas para um almoço de convívio”.

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