O JPP exortou o Governo Regional a providenciar apoio extraordinário aos produtores de cana-de-açúcar “para os compensar dos prejuízos causados nas suas culturas, na sequência do temporal que se registou nos últimos dias, danificando plantações em várias freguesias da Região, incluindo algumas do Funchal”.
O deputado do JPP e vice-presidente da Assembleia Legislativa da Madeira (ALRAM), Rafael Nunes, apontou para “elevados prejuízos que, nalguns casos, ultrapassam os milhares de euros”. Referiu que estas perdas vêm “acrescentar maiores dificuldades a um setor que, nos últimos anos, enfrenta um aumento exponencial do custo da mão-de-obra, dos produtos fitofarmacêuticos, pesticidas e outros remédios, adubos, aos quais se junta a praga de ratos que tem destruído imensas culturas perante a completa inércia de quem governa”.
“Estamos a falar de vários hectares de culturas atingidas, há muita produção perdida, os agricultores falam em perdas elevadas e, perante este cenário, o Governo tem de agir”, incita o dirigente do JPP. “A cana continua a ser muito mal paga, temos dados oficiais que apontam para um aumento do valor do Rum da Madeira, em 2024, na ordem dos 5,8 milhões de em euros, portanto, mais do que duplicou o valor de 2021, mas nenhum agricultor viu o seu rendimento duplicar.”
Rafael Nunes fala de “uma questão de justiça”. Entende que “é preciso tratar os agricultores com dignidade e isso pressupõe, acima de tudo, pagar um preço justo pelo seu trabalho”. Diz que é nestes momentos, “em que as produções foram seriamente danificadas, que o Governo deve fazer o que lhe compete e avançar com os mecanismos de apoio financeiro”.
“Se o Governo não o fizer, está a condenar o setor à morte”, sublinha. “Achamos inadmissível que o Governo Regional ainda não tenha vindo ao terreno falar com os agricultores, conhecer a dimensão dos prejuízos, como aliás tem feito o JPP, que já esteve na Ribeira Brava, Ponta do Sol e agora no Funchal. São os agricultores que nos dizem que ninguém os contactou, ninguém está a fazer o levamento que é essencial para ativar os apoios extraordinários que existem, por forma a salvar o que resta e ao mesmo tempo assegurar rendimento aos agricultores.”