O Juntos pelo Povo (JPP) considera inadmissível a postura do PSD relativamente ao processo de devolução de apoios aos produtores de banana, exigida pela GESBA.
No passado 12 de setembro, “o PSD chumbou a audição parlamentar da administração da GESBA, uma proposta apresentada pelo JPP com carácter de urgência, dada a relevância e sensibilidade da matéria. O objetivo era esclarecer o motivo pelo qual a GESBA estaria a exigir aos produtores a devolução de montantes resultantes de um erro administrativo que é exclusivamente imputável à empresa pública e não aos bananicultores”.
“É, por isso, inaceitável que, mais de um mês depois de ter impedido esta audição, o PSD venha agora requerer exatamente o mesmo — uma audição parlamentar à GESBA —, revelando uma falta de coerência e seriedade política, e uma lamentável tentativa de apagar o erro cometido”, atira.
O JPP considera esta postura e este período de um mês de “reflexão” “uma vergonha política, configurando mais um ato de propaganda unilateral, típico de quem procura manipular a opinião pública. Esta atitude é particularmente grave porque o PSD insiste em ouvir apenas quem convém ao Governo, recusando novamente a participação dos principais visados nesta devolução de valores — os próprios produtores de banana. O PSD demonstra, assim, que não pretende ouvir quem verdadeiramente sofre as consequências dos erros de gestão da GESBA”.
O JPP não aceita esta dualidade de critérios nem esta tentativa de calar os produtores. “Por isso, o partido entregou já um novo pedido de audição parlamentar, abrangendo não apenas a administração da GESBA, mas também as duas associações representativas dos produtores, para que possam, sem manobras políticas, esclarecer a realidade do setor e defender a dignidade do trabalho agrícola na Região”.
O JPP desafia o PSD, uma vez mais,” a não ser tendencioso, a abandonar o tacticismo político e a aceitar ouvir todos os envolvidos neste processo — GESBA, associações e produtores, permitindo uma discussão plural e sem filtros políticos sobre uma situação que afeta profundamente a economia agrícola regional e a confiança dos agricultores madeirenses, em nome da transparência, da justiça e do respeito pelos próprios agricultores madeirenses”, remata.