O Juntos Pelo Povo (JPP) lamenta e condena a atitude hipócrita e oportunista do Chega, que mais uma vez tenta atirar areia para os olhos dos madeirenses.
Há apenas alguns dias, o Chega acusava falsamente o JPP de se coligar com o PSD em algumas freguesias da Região Autónoma da Madeira, numa clara tentativa de descredibilizar o trabalho sério e coerente que o JPP tem desenvolvido junto das populações. Contudo, a verdade veio rapidamente ao de cima: foi o próprio Chega que, ao princípio da noite desta quarta-feira, se juntou ao PSD/CDS numa coligação negativa para retirar ao JPP a presidência da Assembleia de Freguesia de Santa Cruz, e com o seu voto favorável entregar de bandeja a liderança daquele órgão ao PSD, desrespeitando de forma flagrante a vontade expressa pelo povo nas urnas que votou no JPP como a força mais votada nesta freguesia.
O Chega mostrou, assim, o seu verdadeiro rosto — preferindo negociar nos bastidores e “ganhar na secretaria” aquilo que não foi capaz de conquistar democraticamente nas eleições. Esta atitude é um insulto à democracia local e um desrespeito pelos eleitores de Santa Cruz, que deixaram clara a sua escolha nas urnas.
Esta não é, infelizmente, a primeira vez que o Chega trai o seu próprio discurso e se “cola” ao PSD, para depois “fingir” que lhe faz oposição. A nível regional, importa recordar que, após semanas de dramatização política e promessas de “ruptura com o sistema”, o CHEGA acabou por dar a mão a Miguel Albuquerque em 2024, aprovando o programa de Governo do PSD dias depois de ter declarado publicamente que só o faria caso Miguel Albuquerque abandonasse o Executivo.
Miguel Albuquerque manteve-se no cargo — e o Chega, cúmplice e submisso, mostrou a sua verdadeira cara, alinhando-se com o PSD e perpetuando o mesmo modelo de governação que antes dizia combater.
O JPP reafirma a sua coerência, independência e compromisso exclusivo com os madeirenses, recusando pactos de conveniência e manobras de bastidores que traem a confiança dos cidadãos.
A política deve ser feita com verdade, transparência e respeito pela vontade do povo — valores que o Chega, mais uma vez, demonstrou não ter.
A 12 de outubro o JPP venceu a Câmara Municipal e a presidência das cinco freguesias do concelho, mas o escrutínio democrático ditou um empate na composição para a Assembleia de Freguesia, com a coligação PSD/CDS a obter seis mandatos os mesmos do JPP e o Chega um. Na votação desta quarta-feira a lista apresentada pelo PSD/CDS acabou por vencer com o voto favorável do Chega.