A Iniciativa Liberal manifestou-se contra a proposta de revisão da Lei Eleitoral para a Assembleia Legislativa da Madeira, apresentada pelo PSD, considerando que esta se constitui como “uma verdadeira golpada”. Numa nota assinada pelo coordenador da IL-Madeira, Gonçalo Maia Camelo, o partido considera que esta alteração visa apenas permitir aos sociais-democratas “ganhar na secretaria os deputados e a maioria absoluta que [o partido] perdeu nas urnas, eternizando-se no poder”.
Com efeito, enuncia o comunicado da IL, as alterações propostas “apenas beneficiam o PSD”, “penalizam os partidos menos votados e a representatividade da ALRAM”, “limitam a proporcionalidade” e “aumentam o número de votos desperdiçados”.
Na nota, o partido adianta que estas conclusões foram obtidas na sequência de simulações que indicam que, “com a mesma percentagem de votos, o PSD obteria a maioria absoluta, em parte, graças a um ‘beijo de Judas’ aos seus aliados CDS e PAN” – em referência ao facto de retirar um deputado a cada um destes partidos.
“Para além do mais, o modelo proposto aumenta o número de votos desperdiçados e é muito menos proporcional, atribuindo ao PSD, pelo menos, mais oito mandatos e retirando três a quatro deputados a outros partidos”, acrescenta.