A Iniciativa Liberal conseguiu atingir os “objetivos mínimos” na Madeira ao eleger pela primeira vez um deputado para a Assembleia Municipal do Funchal nas autárquicas de domingo, indicou à agência Lusa o coordenador regional do partido.

“Conseguimos atingir os nossos objetivos mínimos, que passavam, nomeadamente os mais exequíveis e realistas, por eleger o primeiro deputado para a Assembleia Municipal do Funchal. E conseguimos isso mesmo na última freguesia do Funchal. Estávamos ansiosos, com algumas dúvidas de que seria possível, mas lá conseguimos efetivamente atingir esse objetivo”, declarou Gonçalo Maia Camelo.

De acordo com os resultados provisórios da Secretaria Geral do Ministério da Administração Interna para o Funchal, publicados pouco depois da meia-noite, a coligação PSD/CDS-PP alcançou seis eleitos, o JPP dois, o Chega dois e o PS um na Câmara.

Foram eleitos à Assembleia Municipal 15 deputados do PSD/CDS-PP, aos quais acrescem os 10 presidentes de junta, sete do JPP, seis do Chega, quatro do PS e um da IL, o que “encheu de alegria” Gonçalo Maia Camelo.

“No fundo, acabou por ser a recompensa do trabalho que fizemos durante estes meses. Nos outros concelhos, houve algum crescimento ou nalguns casos um crescimento significativo em relação às ultimas eleições autárquicas, as únicas que tínhamos de comparação”, avaliou.

Contudo, o coordenador regional assumiu que os resultados não foram o que o partido desejava.

“Mas, é um crescimento que vai na linha do crescimento da IL em termos gerais e também aqui na Madeira. Globalmente, não ficamos muito satisfeitos, como é evidente, mas ficamos muito felizes com a eleição do primeiro deputado liberal municipal aqui para o Funchal”, reforçou.

Instado a comentar os resultados das autárquicas na Madeira, Gonçalo Maia Camelo reconheceu que o PSD foi “o grande vencedor da noite”.

“Houve poucas mudanças de câmara [...]. Foi mais uma vitória do PSD, embora acredite que não contava perder São Vicente onde existiu, de facto, uma surpresa, com o Chega a conquistar a sua primeira câmara a nível nacional”, acrescentou.

O PSD, sozinho ou em coligação com o CDS-PP, venceu as eleições autárquicas de domingo na Madeira com seis câmaras (mais uma do que em 2021), segundo os dados provisórios do Ministério da Administração Interna.

Sozinho, o PSD conquistou a presidência de duas autarquias (11,65% dos votos) e, coligado com o CDS-PP, ganhou quatro autarquias (32,63% dos votos).

Depois do PSD/CDS-PP, o segundo partido mais votado é o JPP com uma câmara (o mesmo resultado de 2021) e 18,09% dos votos, quando estão apurados os 11 concelhos da Região Autónoma da Madeira.

O PS conquistou a liderança de duas câmaras (menos uma do que em 2021) e obteve 13,38% dos votos.

O Chega obteve na Madeira 11,31% dos votos e elegeu um presidente de Câmara com maioria absoluta.

O CDS-PP manteve uma câmara na Madeira e teve 2,83% dos votos.