Considerando que “um mercado vivo é muito mais do que um edifício com bancas”, a Iniciativa Liberal (IL) apresenta, esta segunda-feira, um conjunto de medidas para dinamizar este que é “um motor de economia local, de cultura e de vida comunitária”.
No Funchal, “muitos mercados e espaços de comércio de proximidade estão hoje com dinamismo limitado, presos a regras pesadas e a uma gestão municipal pouco aberta à inovação”, observa a candidatura da IL à Câmara Municipal.
Assim sendo, defende que a autarquia “não deve gerir negócios nem lojas, mas sim criar condições para que floresçam”. Isso não significa, de acordo com a candidatura, “só fazer o mínimo que ainda está por fazer na plenitude - reduzir taxas, simplificar regras e abrir concursos transparentes para que produtores locais, empreendedores e associações possam transformar a cidade e os mercados em espaços vivos e úteis - mas, especialmente, criar um contexto em que os novos empreendedores olhem para o Funchal como exemplo de urbe que acarinha o risco, preserva as raízes locais e liberta a inovação”. “Há muitos exemplos por esse país fora - o Mercado do Bolhão, no Porto, mostra que é possível modernizar sem perder identidade, juntando tradição, restauração de qualidade, cultura e turismo”, aponta a IL.
A proposta da Iniciativa Liberal para os mercados do Funchal inclui:
• Gestão transparente e empenhada em promover a iniciativa privada;
• Espaços para produtores locais, restauração acessível, artesanato e oficinas criativas que prolonguem no tempo o seu horário - o mercado como centro da vida na cidade;
• Eventos culturais e atividades regulares, na mesma lógica de integrar os mercados na vida dos bairros;
• Tecnologia de gestão inteligente, para apoiar vendedores e melhorar a experiência dos clientes.
“Revitalizar os mercados só faz sentido se for acompanhado de um comércio local com fôlego e de residentes que, enquanto clientes, os utilizem. Como é que a Câmara pode ajudar as lojas a respirarem?”, questiona a candidatura, respondendo de seguida com as seguintes medidas:
• Cortando taxas;
• Simplificando a atribuição de licenças para negócios e remodelações mas, acima de tudo, mantendo regras claras e simples para o empreendedor;
• Através de campanhas de valorização e consumo no comércio local, que devem ser estratégicas e de longo prazo e afetar planos de ordenamento, estacionamento e mobilidade na cidade, muito para além de habitual cartaz a promover um cabaz no Natal ou um concurso para montras floridas;
• Programando, em articulação com os privados, a dinamização de ruas e praças com mercados temáticos e iniciativas culturais que beneficiem, em particular e ao contrário do que aconteceu nos últimos anos, nas zonas de menor afluência ou com momentos sazonais de pouca procura.
Segundo Sara Jardim, candidata da Iniciativa Liberal à Câmara Municipal do Funchal, “revitalizar não é gastar milhões, é dar espaço a quem quer criar valor. Os mercados e o comércio local podem voltar a ser motores da vida nos bairros: mais economia, mais segurança e mais identidade para a cidade.”