MADEIRA Meteorologia

Governo Regional quer Madeira com cobertura total de médico de família em 2024

Data de publicação
03 Janeiro 2024
15:08

O Governo Regional pretende atingir este ano 100% de utentes com médico de família nos centros de saúde e vai refletir sobre a forma de tornar o sistema regional mais atrativo para novos profissionais.

“Mantivemos este ano apenas as 40 vagas que tivemos em 2023. Tínhamos pedido 66 vagas. É preciso refletir sobre o que precisamos fazer para [o Sistema Regional de Saúde da Madeira] ser mais apelativos a novos médicos”, disse hoje o secretário da Saúde madeirense na cerimónia de receção de 80 internos.

Dezasseis das vagas atribuídas à Madeira para a formação específica pela Administração Central do Sistema de Saúde (ACSS) não foram preenchidas.

Pedro Ramos salientou que a cobertura atual de utentes com médico de família na região é na ordem dos 95%, sendo o objetivo do executivo madeirense, assegurar “100% este ano”.

Os dados indicam que, entre 2018 e 2023, 174 médicos escolheram o Serviço Regional de Saúde (SRS) para realizar a formação médica especializada, 62 dos quais em Medicina Geral e Familiar, o que tem permitido “o reforço gradual dos cuidados primários na região”.

O governante sustentou que o SRS da Madeira é “diferente”, realçando, entre outros aspetos, que “não tem greves, quando está de urgência tem todas as especialidades e tem serviços de atendimento urgente em oito centros de saúde, sendo quatro com 24 horas”.

Pedro Ramos referiu ainda que a Madeira procedeu ao “reconhecimento de todas as carreiras” na saúde e mantém uma “relação de diálogo” com as estruturas sindicais ligadas ao setor.

Quarenta dos médicos internos iniciam agora a formação específica, em 23 especialidades, variando a duração entre os quatro e os seis anos, sendo para os restantes de um ano.

O governante apontou que muitos terão como “desafio final” passar a trabalhar no novo Hospital Central e Universitário da Madeira, que está a ser construído em Santa Rita.

Pedro Ramos destacou, por outro lado, a evolução do Sistema Regional de Saúde ao longo das últimas décadas, realçando que já “não é só para residentes e visitantes”.

Segundo o responsável, o SRS, por ser “confiável”, tornou-se no “Sistema da Macaronésia”, porque a Madeira tem vindo a estabelecer parcerias com os arquipélagos dos Açores, Canárias e Cabo Verde, além de diversas universidade nacionais, internacionais e institutos.

“A área da investigação e novidade é uma realidade na Madeira”, acrescentou, apontando como exemplo o Centro de Simulação Clínica, instalado no atual Hospital Dr. Nélio Mendonça, que surgiu há 10 anos e “nunca esteve parado”, somando mais 700 cursos para graduados e pós graduados, mais de 6.000 formandos e mais de 11 mil horas de formação.

O secretário regional adiantou também que ainda este mês será inaugurado o espaço físico do Centro Internacional de Investigação do Cancro e Doenças Prevalentes da Madeira, um projeto que conta com o apoio de 10 mecenas e representa um investimento de cinco milhões de euros, divididos por cinco anos.

Na sua intervenção, Pedro Ramos falou igualmente sobre as listas de espera, admitindo que, tendo a Madeira “um hospital diferenciado, tem problemas”, uma situação que acontece porque “deixa para secundário o que não é urgente”.

Falando também sobre a situação das altas problemáticas, o governante indicou que atingem “as duas centenas num hospital com 785 camas”.

“Não os podemos acolher, mas também não os podemos abandonar” e é preciso encontrar outro tipo de soluções para proteger estas pessoas, defendeu.

Por outro lado, o secretário regional assegurou uma aposta na maior “robotização na especialidade cirúrgica que será uma realidade também na Madeira”.

OPINIÃO EM DESTAQUE

88.8 RJM Rádio Jornal da Madeira RÁDIO 88.8 RJM MADEIRA

Ligue-se às Redes RJM 88.8FM

Emissão Online

Em direto

Ouvir Agora
INQUÉRITO / SONDAGEM

Quem acha que vai governar a Região após as eleições de 26 de maio?

Enviar Resultados

Mais Lidas

Últimas