Também no debate no âmbito dos 25 anos da Laurissilva como Património da UNESCO, Rocha da Silva, antigo diretor regional de Florestas, afirmou que as alterações climáticas refletem “a evolução da forma como a humanidade se comporta no planeta”, lembrando que a Madeira é “a ponta do alfinete no meio do oceano”.
Retomando a questão da carga sobre a floresta, defendeu que é essencial criar postos de trabalho na floresta, para que a população “se reveja nessa situação, que é uma das formas de participar” na sua proteção.
Para além do turismo, apontou “um conjunto de outros desafios” e, reagindo ao anúncio da marcação em slots para os percursos, considerou que também aqui se podem abrir novas oportunidades, numa altura em que a floresta é cada vez mais conhecida pelo seu papel terapêutico na redução do stress.
“Há várias formas de aproveitar a floresta para nos trazer bem-estar e saúde”, disse, sublinhando que esse benefício pode e deve ser usufruído pela população madeirense, e não apenas por quem visita a Região. Com uma boa gestão, rematou, a floresta “ainda tem muito para dar” do ponto de vista social, “para quem cá vive, não só para quem nos visita”.