"Desafio quem quer que seja a vir dizer onde fui favorecido. Não entendo. Em 1990 foi alterado o modelo de operação. Tivemos de pagar 675 mil contos de indemnização aos trabalhadores portuários. Era uma barbaridade na altura. Quando passámos para o Caniçal foi porque acabou a operação portuária no Funchal e era lógico que passássemos também para o Caniçal. Nada mais transparente. Quando o Governo Regional quis alterar o regime, poderia ter optado pela indemnização, mas optamos por reagir em tribunal. Eu não compro nada nem vendo nada ao Governo Regional. Estou ligado apenas por um concurso público da linha para o Porto Santo em que não houve mais nenhum concorrente. Ninguém concorreu", esta foi outra das explanações de Luís Miguel de Sousa que fez questão de dizer que o seu inconformismo é para Sérgio Marques e não para com os deputados do PS ou do PCP.
Aliás, Luís Miguel Sousa diz ter muito orgulho naquilo que o seu grupo e os outros citados por Sérgio Marques, reiterando várias vezes não entender as suas motivações.
Constantemente a frisar não entender a expressão "favorecimento", Luís Miguel Sousa recordou a operação ferry, na qual o Grupo Sousa pagou "550 mil euros por viagem de aluguer do Armas, num total de 6,5 milhões, sendo três milhões do Governo Regional", lembrando que o grupo canariano, por seu turno, recebia do seu Governo 24 milhões de ano para o transporte inter-ilhas.
David Spranger