Instada a reagir ao processo e à posição do município no âmbito da decisão de arquivamento por parte do Ministério Público, Célia Pessegueiro, atual presidente da Câmara e candidata do Partido Socialista, clarificou que o recurso interposto foi uma decisão “unânime” da Câmara Municipal, tomada na sequência de uma deliberação da Assembleia Municipal.
“A Câmara recorreu porque foi essa a decisão da Câmara, por unanimidade, com dois vereadores do PS e dois do PSD e um do CDS”, explicou Célia Pessegueiro, frisando que a posição não partiu de uma decisão individual, mas de uma deliberação formal. “Não seríamos nós a travar esta situação, até porque o despacho do Ministério Público que arquivou o caso contém a descrição de várias irregularidades”, afirmou na ocasião a candidata.
A autarca afirmou ainda que a origem deste processo está relacionada com um pedido feito, na altura, pelo CDS para que fossem identificadas todas as obras aprovadas contra pareceres técnicos.
“O que fizemos, além de cumprir com a legislação, foi contratar serviços jurídicos especializados para acompanhar estes processos perante a justiça e dar resposta às solicitações da população”, afirmou.
Sobre a forma como estas questões judiciais podem ou não afetar a campanha em curso, Célia Pessegueiro preferiu centrar-se no presente e no trabalho a realizar até ao dia das eleições.
“Estamos concentrados naquilo que temos para fazer daqui até 12 de outubro. A campanha continua, e eu continuo no exercício das minhas funções como presidente de Câmara”, destacou, acrescentando que o mandato ainda está em curso e há muito por concretizar.
“Na relação com as pessoas, o mais importante é apresentar tudo o que foi feito”.
“Faz-se aproveitamento político com a vitimização de uma decisão judicial”, afirmou Célia Pessegueiro.