Paulo Cafôfo, presidente do PS/Madeira, reconheceu hoje que os tempos que se avizinham são “muito exigentes”, mas garantiu que “não vai recuar” no trajeto que desenhou para os próximos quatro anos.
O presidente do PS mostrou-se convicto nos “bons resultados” das eleições de 10 de março, mas assumiu que “seja qual for a solução governativa”, o projeto que definiu vai manter-se”. “Temos um projeto para quatro anos, porque queremos e vamos mudar o destino da Madeira”, prometeu.
”A firmeza das nossas ideias é o nosso maior legado nos últimos 50 anos”, continuou, perante uma sala cheia, onde ainda não se viu ou ouviu vozes discordantes.
Depois, apontou o dedo acusatório ao Governo e ao PSD. Criticou a concentração da riqueza “nas mãos de alguns” e disse que é preciso “dizer basta aos interesses instalados”.
”De que serve ter o maior PIB de sempre e as pessoas não terem condições?”, perguntou.
”Queremos uma Região com melhores salários, menos desigualdades, com jovens com oportunidades e com qualidade de vida para todos e não apenas para alguns”, apontou. ”E quando digo todos, digo mesmo todos”, reforçou, aludindo, por exemplo, aos jovens “que não conseguem um trabalho qualificado que lhes garanta a independência” financeira, mas também aos mais velhos, que na saúde enfrentam dificuldades, por causa das “listas de espera que duplicaram”.
”Está nas nossas mãos mudar e ganhar. Está nas mãos dos madeirenses provocar a mudança que tantos desejam”, frisou.
Paulo Cafôfo disse que o PS é um partido progressista, que valoriza as mulheres, e sublinhou que o PS sempre esteve na vanguarda da defesas dos direitos sindicais e dos trabalhadores.
Focou ainda na diáspora, onde diz haver um potencial que precisa ser mais bem aproveitado.