No âmbito da Festa Luso-Venezuela, na Ribeira Brava, Miguel Castro comparou a "postura positiva e cooperante" dos imigrantes luso-venezuelanos e a "atitude de auto segregação" de outras comunidades estrangeiras.
"O que temos visto, da parte da grande maioria dos luso-venezuelanos, é um respeito pelas pessoas, pela cultura e pelas tradições da Madeira, que são, para muito deles, as tradições dos seus pais e dos seus avós. Apesar de terem, e bem, orgulho no país de onde vieram, sabem respeitar a sociedade que os acolhe", começou por referir o presidente do CHEGA-Madeira.
Por outro lado, criticou o comportamento de outras comunidades estrangeiras, "que têm aproveitado a política de ‘portas abertas’ que o governo da República lamentavelmente instituiu para tirar partido dos apoios que o estado providencia".
Para o candidato às eleições regionais, "são muitos e muito claros os casos de pessoas que não vêm para Portugal para trabalhar ou fugir ao drama da guerra, mas para viver à custa do Estado", afirmou.
"Para eles, os portugueses são bons para pagar o Estado que os alimenta e que lhes dá subsídios, mas não aceitam a nossa cultura, não respeitam a liberdade que as mulheres cá têm, não seguem as nossas normas sociais e, pelo contrário, ainda recusam qualquer forma de integração", atirou Miguel Castro, lamentando que o exemplo da comunidade luso-venezuelana "não seja replicado pelo país".
Por fim, o líder do partido apelou às autoridades para agilizarem o processo de equivalência dos diplomados luso-venezuelanos, que chegam a Portugal. "Já que o governo português não sabe fazer melhor, ao menos que copie o que já se faz na Europa, especialmente em Itália, e que tem trazido grandes vantagens à população", concluiu.
Lígia Neves