O deputado do CHEGA, Francisco Gomes, denunciou o que considera ser a situação de colapso que diz existir no funcionamento e na capacidade de resposta da PSP-Madeira, a qual também diz ser vítima de uma liderança “incapaz e incompetente”.
As declarações foram feitas durante uma audição parlamentar à Ministra da Administração Interna, Maria Lúcia Amaral, a quem Francisco Gomes denunciou o que disse ser “o colapso da autoridade, a degradação disciplinar e a impunidade instalada dentro da própria polícia na Região”, pedindo a demissão do Comandante Regional da PSP na Madeira.
O deputado também acusou a Direção Nacional da PSP de encobrir abusos, manipular processos internos e proteger incompetência operacional, permitindo a continuação de um comando que classificou como “perigoso para a segurança pública na Madeira”. O deputado afirmou que “o silêncio do Ministério da Administração Interna perante denúncias oficiais transforma este caso num problema político nacional”.
“A PSP-Madeira é hoje um caso grave de desordem institucional. Há abuso de poder, perseguições internas, uso pessoal de meios da polícia e proteção de incompetência. E o mais grave é que a Direção Nacional sabe e encobre. Isto é uma vergonha!”, disse o congressista.
O deputado revelou situações concretas que demonstram, segundo disse, “o descontrolo do comando”, entre as quais a alegada utilização de viaturas de serviço para fins festivos, cães pessoais dentro de esquadras, patrulhamento reduzido ao limite e agentes exaustos obrigados a serviços extraordinários constantes. “Isto não é comando operacional isto é abuso e gozo público à custa da farda”, afirmou.
“O Comando Regional da PSP-Madeira tornou-se um escândalo institucional que está a destruir a autoridade do Estado na Região. Quem denuncia abusos é perseguido. Quem cumpre o dever é punido. Quem abusa do poder é protegido. Isto não é polícia. Isto é um feudo de impunidade”, salientou.
Francisco Gomes apontou ainda que a Ministra da Administração Interna ignora deliberadamente a situação, notando, “Enviei três cartas com denúncias documentadas e pedidos de intervenção urgente. Não recebi uma única resposta. Isto só prova que há gente no governo que prefere proteger os abusos a proteger os portugueses.”