A Região "não pode continuar com preços para ricos e salários de miséria", expressou Ricardo Lume.
A CDU promoveu uma ação de contacto com a população no Mercado do Santo da Serra, na qual Ricardo Lume alertou que "os trabalhadores, pensionistas e suas famílias na Região sentem de forma gravosa e injusta o continuado aumento do custo de vida, com constantes e insuportáveis subidas de preços."
O deputado fez saber que "na Madeira a inflação dos preços dos produtos alimentares ultrapassou os 15% e a inflação geral se fixou em 7,3% sem o correspondente aumento dos salários e das pensões", o que a seu ver "conduz ao empobrecimento dos que vivem do seu trabalho", aludindo ao contraste com o aumento do PIB da Região "que já está perto do 6 mil milhões de euros e com os maiores lucros do século alcançados pelos grupos económicos do sector da alimentação, do turismo, construção civil e das imobiliárias, agravando a exploração, as desigualdades e injustiças sociais".
"Para além do aumento dos preços galopantes dos bens alimentares e dos custos com a habitação dos mais elevados do país, na Região o salário médio líquido de um trabalhador é o mais baixo do país fixando-se no primeiro trimestre de 2023 em 904€", acrescentou.
Lume concluiu a intervenção reforçando que a Região "não está condenada à política que PS, PSD e CDS querem impor, é preciso dizer basta de exploração e empobrecimento e implementar uma política que valorize o trabalho e os trabalhadores, que combata a especulação dos preços, que garanta a todos o acesso aos serviços públicos com qualidade, e que na Região coloque a autonomia ao serviço dos trabalhadores e do povo".
Lígia Neves