A CDU questionou hoje a decisão de desativar estabelecimentos de ensino no decurso de uma iniciativa na Escola do Garachico, que foi fechada depois de ter voltado a ter atividade nos últimos dois anos.
“Desativar uma escola é a pior das ações de um governante. Aqui no Garachico, como noutros lugares desta Região onde foram desactivadas tantas escolas públicas, o que está em causa é o retrocesso social, é a regressão quanto a direitos sociais que tinham sido alcançados pelas populações. O que aqui está em causa é a desconstituição das conquistas já alcançadas pelo povo”, afirmou o coordenador CDU, Edgar Silva, citado em comunicado de imprensa.
Para o dirigente comunista, “a Escola Pública não pode ser vista do ponto de vista economicista, na lógica do lucro. Concentrar e aglomerar estudantes não é solução. A escola não é uma indústria. Não pode ser. Não podemos permitir que a Escola Pública se transforme numa ‘indústria’, assumida como uma ‘linha de montagem’ de ‘produtos normalizados’”.
No caso concreto do Garachico, Edgar Silva questiona: “Por que razão esta escola tinha de encerrar quando garante as condições para continuar a aprender nesta escola?”
Segundo o dirigente, “este processo coloca o problema do aumento da distância entre a residência do estudante e a escola, a que se soma a obstaculização do envolvimento dos estudantes e toda a comunidade escolar no meio local de pertença”.
“Nesta Região o encerramento de escolas não assenta em nenhum objetivo pedagógico e ignora a importância que tem no desenvolvimento dos estudantes a sua integração no seu meio envolvente, assim como desvaloriza os prejuízos dos longos períodos que os alunos passam em deslocações da sua residência à escola”, defende a CDU.