O presidente da Comissão Política Concelhia do CDS Câmara de Lobos lamenta “o rumo que a Festa da Castanha tem tomado”, considerando que “a verdadeira essência da festa, que deveria celebrar e valorizar a cultura e a produção agrícola local”, está a ser desvirtualizada.
Lídio Aguiar aponta ainda “o incumprimento da promessa feita pela anterior secretária da Agricultura e Ambiente, Rafaela Fernandes, que garantia a cedência gratuita das barracas aos produtores agrícolas”, sendo que “a realidade é diferente: atualmente, os valores cobrados variam entre 100€ e 150€, o que acaba por afastar muitos agricultores do evento”.
Consequentemente, diz que cerca de 80% das barracas estão ocupadas por comerciantes e apenas 20% por agricultores. Desta forma, o CDS entende que seria justo isentar os agricultores do pagamento e aplicar a taxa apenas aos comerciantes.
O centrista questiona, igualmente, “o destino dos 30.000€ em falta dos 60.000€ prometidos pela mesma secretária para apoio aos agricultores afetados pelos incêndios de 2024”.
“São questões que levantam dúvidas e acabam por retirar brilho a um evento que deveria, acima de tudo, valorizar o homem e a mulher que trabalham a terra e mantêm viva a identidade do Curral das Freiras, através da produção de ginja, noz e castanha”, conclui Lídio Aguiar.