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Catarina Martins defende prevenção da violência doméstica, um ferry para a Madeira e o reforço da autonomia

Data de publicação
15 Dezembro 2025
12:02

A candidata à presidência da República, Catarina Martins, está de visita à Madeira e em declarações aos jornalistas destacou o trabalho da Associação Presença Feminina no apoio a vítimas de violência doméstica, sublinhando a importância da prevenção como eixo central das políticas públicas.

Na sede da associação, Catarina Martins considerou o combate à violência dentro de casa uma das maiores prioridades de segurança em Portugal, lembrando que “para muitas pessoas, estar em casa é o maior perigo”.

Para a candidata, a violência contra mulheres e idosos continua a ser um “problema estrutural, mas há exemplos de sucesso que demonstram ser possível sair de relações abusivas com o apoio adequado”, afirmou, defendendo que deveria haver “uma nova geração de políticas de prevenção”, com educação para todas as idades, com o objetivo de eliminar não apenas as vítimas, mas também os agressores.

Catarina Martins alertou também para a existência de novas formas de discriminação, nomeadamente associadas à inteligência artificial.

Segundo a candidata, “os algoritmos não são neutros e tendem a reproduzir padrões de desigualdade existentes, penalizando mulheres e outros grupos excluídos, incluindo no recrutamento laboral”, disse.

Questionada sobre as autonomias, Catarina Martins afirmou ser uma “enorme defensora” do aprofundamento da autonomia regional, recordando o seu envolvimento em processos de revisão constitucional nesse sentido. Para a candidata, maior autonomia significa também maior responsabilização política dos governos e parlamentos regionais, sem que o Estado deixe de assegurar a solidariedade nacional.

Sobre o cenário político nacional, Catarina Martins rejeitou a ideia de que a sua candidatura seja fraturante à esquerda, argumentando que “a presença de uma candidata de esquerda numa eventual segunda volta seria um fator de equilíbrio democrático, sobretudo num contexto que considera de inclinação governativa à direita e de agravamento da precariedade laboral”, afirmou.

Quanto à política internacional, a candidata condenou de forma inequívoca todas as formas de violência e ódio baseadas em motivos religiosos ou étnicos, rejeitando a lógica de “olho por olho” e a punição coletiva de povos, mesmo em contextos de guerra. Defendeu que “crimes de guerra devem ser julgados e punidos, mas sempre com responsabilização individual”.

Relativamente a questões relacionadas com a Região, Catarina Martins considerou necessária a existência de uma ligação marítima de transporte de mercadorias entre a Região e o continente, defendendo que as soluções devem servir o interesse público e não apenas grandes grupos económicos.

A candidata abordou ainda os problemas da mobilidade aérea e do subsídio de transporte, considerando que “o atual sistema continua por resolver, uma vez que obriga os residentes a adiantar o valor total das passagens, sendo reembolsados apenas mais tarde”, reiterou.

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