O Centro de Abate da Madeira (CARAM) solicitou hoje ao Governo Regional da Madeira a definição de serviços mínimos a partir do dia 2 de dezembro, data em que o Sindicato dos Trabalhadores em Funções Públicas e Sociais pretende iniciar uma greve de 22 dias.
O pedido justifica-se pelo facto de o CARAM ser a única entidade na Madeira responsável pelo abate de animais domésticos incluindo bovinos, suínos, ovinos, caprinos, equídeos e conídeos e pelas respetivas atividades complementares, tornando-se imperativo legal garantir serviços mínimos durante a paralisação.
A empresa alerta que uma greve prolongada, especialmente durante a época de Natal, pode favorecer o abate informal e clandestino de animais, comprometendo a saúde pública e a proteção animal, reforçando assim a necessidade de manutenção de serviços essenciais.
O CARAM lamenta a postura do sindicato, considerando-a intransigente, apesar de duas tentativas de negociação. A última proposta da empresa incluía a revisão do subsídio de risco, eliminando apenas o nível baixo e reforçando significativamente os níveis médio e alto, representando um aumento global de 32,65% a partir de 1 de janeiro de 2026.
Recorda-se que o acordo de empresa, assinado em abril de 2024 e válido até abril de 2027, já contemplou um investimento adicional de cerca de 110.000 euros na valorização dos colaboradores, demonstrando o compromisso financeiro contínuo do CARAM com os seus trabalhadores.
Apesar do respeito pelo direito à greve, o CARAM mantém a convicção de que os serviços mínimos permitirão responder a cerca de 50% da procura de mercado nesta época, conciliando o direito de greve com a proteção da saúde pública e da segurança alimentar na Região.