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CARAM anuncia aumento de 32,6% no subsídio de risco e apela ao diálogo após pré-aviso de 22 dias de greve

Paula Abreu

Jornalista

Data de publicação
26 Novembro 2025
14:24

O CARAM – Centro de Abate da Madeira revelou ter apresentado, esta segunda-feira, uma nova proposta de valorização salarial aos seus trabalhadores, após receber na semana passada uma contraproposta do sindicato que os representa. Segundo o presidente do conselho de administração, Duarte Sol, a entidade procurou “dentro das suas possibilidades, apresentar soluções reais e sustentáveis”, apesar de considerar que as negociações ficaram “condicionadas” por um pré-aviso de greve de 22 dias no mês de dezembro.

A nova proposta, apresentada aos trabalhadores numa reunião interna, inclui uma revisão do subsídio de risco, passando pela eliminação do nível mais baixo e por um reforço “significativo” dos níveis médio e alto. De acordo com o comunicado, esta medida traduz-se num aumento global de 32,65% face aos valores atualmente em vigor, com aplicação a partir de 1 de janeiro de 2026. Duarte Sol salienta que se trata “do esforço financeiro máximo”, assumido “com sentido de responsabilidade e respeito pelos colaboradores”.

O CARAM destaca ainda que o atual Acordo de Empresa, assinado em abril de 2024 e com vigência até abril de 2027, já representou um investimento adicional de cerca de 110 mil euros direcionados à valorização dos trabalhadores. “Este compromisso financeiro é contínuo e demonstra a prioridade que o CARAM atribui às suas pessoas”, refere a administração.

Apesar do aumento proposto no subsídio de risco, a Administração mantém-se impossibilitada de aceitar a proposta sindical relativa ao subsídio de alimentação. Segundo Duarte Sol, a medida pedida criaria “desigualdades injustificadas face ao regime aplicado aos trabalhadores da Administração Pública”, princípio de que o Centro afirma não poder “nem querer violar”.

Ainda assim, o CARAM diz estar disponível para iniciar, ao longo de 2026, os trabalhos preparatórios para a revisão da tabela salarial a integrar no próximo Acordo de Empresa, cuja entrada em vigor está prevista para maio de 2027. O objetivo, segundo o comunicado, será atualizar as remunerações no quadro legal e financeiro possível, garantindo “sustentabilidade da gestão responsável de dinheiros públicos”.

A Administração afirma respeitar “plenamente” o direito à greve, mas deixa um apelo ao sindicato: que prevaleça o diálogo na procura de “uma solução equilibrada”, considerando simultaneamente “as legítimas expectativas dos trabalhadores” e “as limitações financeiras e legais” da empresa pública.

Isto, recordando que os 22 dias de greve previstos para dezembro, podem afetar o funcionamento do Centro de Abate e repercutir-se na cadeia de distribuição alimentar regional caso não seja alcançado um entendimento.

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